Mulheres em movimento “pela reconstrução do Brasil e pelo bem-viver”: o papel da comunicação para mobilização e incidência política da Marcha das Margaridas 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Mattos, Rosa Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35921
Resumo: Esta dissertação apresenta um estudo de caso sobre a comunicação da Marcha das Margaridas, buscando compreender seu papel na mobilização de mulheres e incidência política. A Marcha das Margaridas é uma articulação contínua de sindicatos rurais de agricultoras familiares, movimentos rurais e organizações comunitárias de mulheres camponesas, extrativistas e ribeirinhas, cuja culminância é uma passeata, realizada a cada quatro anos, que reúne dezenas de milhares de mulheres de todo o país, em Brasília. Com uma agenda feminista de desenvolvimento sustentável para o campo, a Marcha das Margaridas luta pela efetivação e ampliação de direitos de mulheres camponesas, das florestas e das águas em uma perspectiva anticapitalista. Utilizando pesquisa bibliográfica e documental, análise de posts do Facebook e entrevistas em profundidade, o objetivo geral da pesquisa é identificar as contribuições da comunicação, coordenada em 2019 pela Secretaria de Mulheres e Assessoria de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), na constituição e sucesso desta rede. Uma hipótese é que o planejamento e ações de comunicação cumpram objetivos em duas diferentes esferas, a da mobilização e incidência política, e utilizem estratégias de participação para preservar a integridade da coalizão. Uma segunda hipótese é que a comunicação da Marcha das Margaridas expressa a visão de mundo privilegiada das mulheres subalternas do campo, e que as concepções feministas autodefinidas de transformação social fortalecem e ampliam o alcance das lutas contra hegemônicas contemporâneas.