A trajetória de mulheres negras no contexto de trabalho : um olhar a partir da teoria interseccional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Colling, Taís
Orientador(a): Oltramari, Andréa Poleto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197896
Resumo: Este estudo teve como propósito explorar as barreiras estruturais enfrentadas por mulheres negras no contexto de trabalho em uma localidade da região sul do Brasil, que possui uma população majoritariamente branca, inserindo uma visão interseccional nos diálogos sobre gênero, raça, classe e trabalho. A base teórica foi alicerçada na Teoria Interseccional (CRENSHAW,1989), e em intelectuais negras, em especial. A pesquisa caracterizou-se como exploratória qualitativa e contou com a participação de três mulheres negras. As entrevistas semi-estruturadas foram embasadas pelo método História de Vida, onde o material produzido foi transcrito de modo a produzir uma análise temática e estrutural (RIESSMAN, 2000), resultando em três categorias de análise: (i) trajetória de vida e trabalho de três mulheres negras: corpo, lutas e resistência; (ii) relações familiares, interseccionalidades e o reflexo no trabalho; (iii) atravessamentos interseccionais e a emancipação pelo trabalho. Os resultados indicaram uma relação direta com o percurso emancipatório das entrevistadas e atravessamentos interseccionais, os quais restringiram suas ascensões. Da tensão existente da intersecção de distintos eixos opressivos, resultou em trajetórias de vida e trabalho demarcadas por lutas e resistência, uma vez que o contexto de trabalho se apresentou sub-representado de mulheres negras, há um esforço constante para manutenção dos privilégios de grupos dominantes, mulheres negras condicionadas a ocuparem trabalhos subalternos, descaso por suas qualificações e um racismo estético constante. Por fim, trouxe à tona a realidade comumente enfrentada por mulheres negras a partir de suas próprias percepções e subjetividades.