A contribuição do conhecimento linguístico explícito para o aperfeiçoamento do uso da vírgula de alunos do 9º ano do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Freire, Maria Luciene Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Brasil
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas - CCSAH
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Ensino
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/7790310992430842
http://lattes.cnpq.br/5200629803608270
https://doi.org/10.21708/bdtd.ppgee.dissertacao.8922
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8922
Resumo: Nesta pesquisa, examino como o ensino do conhecimento linguístico explícito explorado numa perspectiva funcionalista pode melhorar a competência de alunos do Ensino Fundamental em empregar sinais de pontuação na produção de seus textos escritos. Embora falantes nativos de uma língua possuam conhecimento tácito sobre as regras de estruturação da gramática de sua língua, hipotetizo que, para o domínio eficiente da escrita, o que inclui o sistema de pontuação, é necessário tornar explícitos esses conhecimentos. Nesse sentido, adoto a gramática sistêmico- funcional como base teórica em particular, por ser uma descrição de sistemas linguísticos que se pauta em situações de uso e que defende que a língua está em constante interação com o meio em que ocorre. O fundamento teórico sobre a gramática sistêmico-funcional de minha pesquisa centra-se em Halliday (1994, 2004), apoiando-me também em outros autores, como Neves (1997, 2002, 2003, 2004, 2018) e Fuzer e Cabral (2014). Além disso, também me aproprio de descrições normativas, como as de Bechara (2009) e Cunha e Cintra (2006), já que ainda são próximas da realidade da escola. Para discutir sobre o conhecimento linguístico explícito, me amparo, entre outros, em Duarte (2008) e Mendes (2014). Para atingir o objetivo desta pesquisa, realizou-se uma intervenção em uma sala de aula do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública no munícipio de Alto Santo (CE). A verificação da eficácia da intervenção ocorre por meio da aplicação de testes diagnósticos (pré e pós). É, portanto, uma intervenção pedagógica, com tratamento qualitativo e quantitativo. No que tange aos resultados, eles são expressos pelo aumento considerável do uso convencional da vírgula para isolar orações coordenadas assindéticas, na redução do uso não convencional por presença, principalmente entre verbo e seu complemento, e por menos ausência de vírgula para isolar o adjunto adverbial antecipado. Notou-se também o aumento da presença da vírgula na intercalação do adjunto adverbial, assim como houve progressos na identificação de termos como o sujeito, núcleo do predicado, complementos e adjuntos. Essa identificação torna visíveis fronteiras sintáticas importantes no uso da vírgula. Não houve avanços no uso da vírgula para marcar orações subordinadas adverbiais antepostas. Quanto às contribuições no que se refere ao alcance desta pesquisa, acredito numa influência positiva que se possa levar à prática pedagógica, minha e de meus colegas, permitindo que nossos alunos acedam a uma aprendizagem mais reflexiva e, ao mesmo tempo, construtora de sentidos, por meio de um maior empoderamento linguístico