Usos não-convencionais da vírgula em textos de alunos de quinta série/sexto ano do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Araújo-Chiuchi, Ana Carolina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86551
Resumo: O propósito desta pesquisa é estudar o emprego não-convencional da vírgula em textos escritos por alunos de quinta série/sexto ano do Ensino Fundamental de uma escola pública da cidade de São José do Rio Preto (SP). Partindo da hipótese de que parte das motivações das ocorrências não-convencionais de vírgula possa estar estreitamente ligada às características prosódicas dos enunciados orais/falados, neste trabalho, investigamos em que medida fronteiras de domínios prosódicos podem motivar a colocação não-convencional dessas vírgulas. Para a identificação de fronteiras de domínios prosódicos, tomamos como referência descrições prosódicas do Português Brasileiro feitas por Tenani (1996; 2002) e Fernandes (2007), as quais têm em comum a fundamentação teórica baseada no modelo de Fonologia Prosódica de Nespor & Vogel (1986). Esse modelo hierárquico propõe sete domínios prosódicos; nesta pesquisa, interessam-nos, mais particularmente, os três últimos, por estarem relacionados ao nível oracional: a frase fonológica (ϕ), a frase entoacional (I) e o enunciado fonológico (U). Ao estabelecermos relação entre características dos enunciados orais/falados e vírgulas cujos empregos sejam não-convencionais, não adotamos a visão segundo a qual esses empregos são vistos como produto de uma relação de interferência da fala na escrita, sendo a escrita apenas uma representação da fala. Ancoramo-nos em uma concepção de escrita heterogeneamente constituída, como propõe Corrêa (2004), e, juntamente com o autor, assumimos o letramento e a oralidade como práticas sociais vinculadas ao falado e ao escrito. Desse modo, por meio do uso de vírgulas em textos de alunos de quinta série/sexto ano, investigamos possíveis relações, feitas pelos escreventes, entre enunciados...