Crescimento e produção do algodoeiro colorido marrom escuro CNPA 2002/26 sob estresse salino.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: SIQUEIRA, Eliezer da Cunha.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9826
Resumo: O algodoeiro herbáceo (Gossipium hirsutum L) sob regime de irrigação e uma das principais alternativas para a agricultura do semi-árido nordestino. Considerado como tolerante a salinidade, o algodoeiro, possibilita a exploração de áreas afetadas por sais e o aproveitamento das águas consideradas inadequadas para culturas sensíveis, assim como, a possibilidade de produzir fibras coloridas, um produto "ecologicamente correto", que por dispensar a necessidade de coloração artificial não polui o ambiente. O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos de diferentes níveis de salinidade e composições da água de irrigação sobre a germinação, crescimento e produção do algodoeiro herbáceo - linhagem CNPA 2002/26 - Cluster Marrom Escuro. Foi conduzido um ensaio experimental sob condições de casa-de-vegetação na Embrapa - Algodão, Campina Grande - PB, utilizando-se como substrato um Neossolo, tipo regossolo de textura franco-arenosa, originalmente classificado como não salino. O experimento foi instalado no período de abril a setembro de 2003. Adotou-se o esquema fatorial 6 x 2, em delineamento inteiramente casualizado com três repetições, estudando-se o efeito de 6 níveis de condutividade elétrica da água - CEa (2,0, 3,5, 5,0, 6,5, 8,0 e 9,5 dSm"1) e 2 composições diferentes de água de irrigação quanto a relação Na+:Ca+2 (9,5:0,5 % e 6:4 %, respectivamente) em forma de cloreto. Foram analisadas as seguintes características: percentagem de germinação; altura de plantas; numero de folhas; área foliar; diâmetro de caule; fitomassa da parte aérea, total e das raízes; taxas de crescimento absoluto, taxa de crescimento relativo e razão de área foliar; numero de capulhos, peso médio de capulho e do algodão em caroco. Os resultados obtidos indicam que não houve alterações bruscas no pH do solo; mesmo com as lixiviações ocorreu aumento na condutividade elétrica do extrato de saturação - CEes no final do experimento; verificou-se redução do consumo de água pelas plantas com a elevação dos níveis de salinidade, indicando que as plantas desenvolveram-se sob efeito do deficit hídrico. Os resultados indicaram ainda, que a linhagem em estudo apresenta maior sensibilidade nas variáveis de crescimento do que nas de produção e, de maneira geral, sendo mais afetada pelos níveis de salinidade do que pelas diferentes composições das águas utilizadas nas irrigações. Embora tenha se observado efeitos significativos da salinidade da água de irrigação sobre a maioria das variáveis analisadas, os dados indicam que houve queda mais acentuada no rendimento da cultura somente a partir de CEa = 6,5 dSm"1. A media de produção, obtida com água de CE de 8,0 dS.mn, foi de 37,81 % inferior a media obtida com CE de 2,0 dS.m"1. Assim, pelos resultados pode-se constatar que a linhagem trabalhada (CNPA 2002/26 - Marrom Escuro), teve um padrão tolerante a salinidade.