Supressão da irrigação na cultura do algodão: impactos no crescimento, produtividade e qualidade da fibra.
Ano de defesa: | 1998 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2761 |
Resumo: | Levando-se em consideração a importância sócio-econômica da cotoniculrura para o Nordeste brasileiro, onde encontra-se o segundo parque têxtil do país, bem como a falta de um manejo adequado da irrigação na maioria da região, realizouse a presente pesquisa. Objetivou-se estudar o efeito de cinco épocas da última irrigação aos 20(T1), 30(T2), 40(T3), 50(T4) e 60(T5) dias após o surgimento da primeira flor do algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L. r. latifolhim Hutch), cultivar CNPA-7H, sobre o rendimento da cultura, crescimento/desenvolvimento da parte aérea e tecnologia de fibra. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, constando de cinco tratamentos e quatro repetições. As épocas da última irrigação T l , T2, T3, T4 e T5 promoveram rendimentos de algodão em rama da ordem de 2013, 3092, 3199, 2720 e 2893 Kg/ha , com a aplicação de uma lâmina total de irrigação de 492.3, 601.9, 678.6, 759.3 e 831.9 mm, respectivamente, não havendo diferença significativa entre os tratamentos, porém, o tratamento T3 obteve um rendimento 37% maior do que o tratamento T l . A função de produção obtida para algodão em caroço foi expressa pela equação: R = -8730,9 + 33,91L - 0,0242 L2 . De um modo geral, as taxas de crescimento da cultura não foram afetadas pela supressão das irrigações, no entanto, as plantas que receberam uma lâmina de água mais adequada, obtiveram um maior desempenho, no caso o tratamento 3, supressão da irrigação aos 40 DAPF, no qual as plantas ficaram com 106,4cm de altura média. O comportamento da área foliar foi similar ao da altura de planta, com os tratamentos T3, T4 e T5 atingindo os maiores resultados, indicando que o estresse hídrico antecipou a senescência das folhas. As equações que melhor explicaram a variação do IAF dos tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5 respectivamente foram: IAF = -0,0021DAE2 + 0,3344DAE - 6,7273; IAF = -0,0021DAE2 + 0,3413DAE - 6,9068; IAF = -0,0025DAE2 + 0,4472DAE - 9,7005; IAF = -0,0024DAE2 + 0,4295DAE - 9,692 e IAF = -0,0015DAE2 + 0,2982DAE - 6,361. As plantas dos tratamentos que sofreram maior déficit hídrico, apresentaram percentual de abertura dos capulhos maior do que os demais. Aos 106 DAE, 85% dos capulhos do tratamento 1 estavam abertos, enquanto nos tratamentos 4 e 5 este percentual foi de 43,7 e 52,5% respectivamente, mostrando que o estresse hídrico contribuiu para a antecipação da abertura dos capulhos. Os cortes das irrigações, nos períodos administrados, não causaram efeitos significativos nas variáveis de tecnologia de fibra analisadas, os valores de classificação comercial ficaram de acordo com os característicos da cultivar. Para as condições de São Gonçalo, Sousa-PB, a melhor época da supressão da irrigação, para a cultivar CNPA-7H de algodoeiro herbáceo, é aos 76 DAE, com uma lâmina de irrigação em torno de 602mm. |