Crescimento e desenvolvimento da mamoneira em função da irrigação com águas salinas e matéria orgânica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: COELHO, Daniel Kühner.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9238
Resumo: Este estudo foi conduzido com objetivo de avaliar os efeitos da irrigação com águas salinas, reproduzindo proporções de íons encontrados em águas produzidas da Petrobras no Rio Grande do Norte, e da incorporação de polpa de mamona como matéria orgânica, no crescimento, desenvolvimento e produção da mamoneira, alem do balanco hídrico e salino no sistema solo-água-planta, em casa de vegetação da UFCG. O experimento foi instalado em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5x2, com cinco níveis de salinidade de água (0,2; 0,8; 1,6; 2,4 e 3,2 dS.m"1, a 25 °C) e sem e com adição de polpa de mamona (100 g) no substrato, resultando em dez tratamentos com três repetições. Os vasos foram preenchidos com material de solo de Carnaubais - RN, adubado com nitrogênio, fosforo e potássio. O percentual de germinação e o índice de velocidade de germinação decresceram 5,72 e 7,71% por incremento unitário da condutividade elétrica da água de irrigação (CEa), decorrentes da salinidade da água de irrigação, e foram 40,8 e 26,6% maiores no substrato sem adição de polpa. Observou-se, durante a fase de crescimento e desenvolvimento, efeito negativo nas plantas pela adição de polpa de mamona, notando-se decréscimos de 22,8% na altura da planta, 9,3% no diâmetro de caule e 23,8% na área foliar, aos 40 dias apos semeadura (DAS), possivelmente associado a fermentação da polpa de mamona no solo; e pelo aumento da salinidade da água; apos 80 DAS houve um decréscimo por incremento unitário da CEa de 6,56% na altura da planta, 5,69% no diâmetro de caule e de 18,15% na área foliar. Como propagação dos efeitos no crescimento e no desenvolvimento da mamona, as águas promoveram decréscimo por incremento unitário da CEa de 14,58% na variável numero de frutos, enquanto a adição de polpa reduziu, em 6,5%, a variável emissão de inflorescência. O volume consumido de água também foi influenciado negativamente pela salinidade da água de irrigação, apresentando decréscimo por incremento unitário da CEa de 9,54%; conclui-se, então, que o aumento da salinidade nas águas de irrigação promove efeito negativo significativo na germinação, crescimento e no desenvolvimento da mamona e na elevação de CEes e do pH do solo, refletindo no consumo de água e na produção da cultura. Enquanto a adição de polpa de mamona na condição estudada, ocasionou prejuízo a cultura em sua fase inicial.