Salinidade e natureza catiônica da água de irrigação na morfofisiologia e produção da mamoneira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: LIMA, Geovani Soares de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28040
Resumo: Em áreas semiáridas do Nordeste do Brasil as concentrações de sais que afetam o crescimento e o desenvolvimento das plantas variam e os efeitos sobre os cultivos dependem, além de outros fatores, da concentração total quanto da composição iônica da água de irrigação. Neste contexto se avaliaram, no presente estudo, a emergência, o crescimento, a fisiologia, a produção da mamoneira cv. BRS Energia e os prováveis impactos referentes aos atributos químicos do solo em função da salinidade e da natureza catiônica da água utilizada na irrigação. O experimento foi desenvolvido em lisímetros de drenagem e condições de casa de vegetação em Argissolo Acinzentado Eutrófico de textura franco-arenosa, no município de Campina Grande-PB, durante o período de novembro de 2013 a fevereiro de 2014. Foram estudadas seis combinações de salinidade da água (S1 - Testemunha; S2 - Na+; S3- Ca+2; S4 - Na++Ca+2; S5 -K+ e S6 - Na++Ca+2+Mg+2), no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições sendo cada parcela composta por cinco plantas úteis perfazendo o total de 120 unidades experimentais. Na testemunha (S1), as plantas foram irrigadas com água de condutividade elétrica (CEa) de 0,6 dS m-1 enquanto se utilizou, nos demais tratamentos (S2; S3; S4; S5 e S6) água com CEa de 4,5 dS m-1, obtida a partir de diferentes cátions, todos em forma de cloreto. Durante a condução do experimento as plantas foram irrigadas diariamente sendo a lâmina aplicada estimada através do balanço hídrico na zona radicular observando-se o volume aplicado e o volume drenado referente à irrigação anterior, acrescido de uma fração de lixiviação de 0,10. Aos 20 e 40 dias após a semeadura (DAS), avaliaram-se o crescimento e as trocas gasosas sendo que aos 60 e 80 DAS foram determinadas apenas as variáveis de crescimento e, a partir dos 70 DAS, iniciada a colheita dos racemos. A emergência e o crescimento da mamoneira são mais sensíveis à CEa quando comparada com a da natureza catiônica de água, mesmo que a menor redução tenha ocorrido nas plantas irrigadas com água potássica em relação aos demais tipos; as altas concentrações de sódio presente na água de irrigação, proporcionam maior redução no status hídrico favorecendo danos severos à integridade da membrana celular; o íon cálcio foi o que mais contribuiu com o ajustamento osmótico nesta espécie tendo em vista o menor extravasamento de eletrólitos obtido em ambas as épocas estudadas; a natureza catiônica da água de irrigação provocou alterações na atividade fotossintética da mamoneira ‘BRS Energia’ cujos efeitos se intensificaram com o tempo de exposição ao estresse; por conseguinte, o aumento da eficiência do uso da água nas plantas sob irrigação com água potássica representou um dos mecanismos de adaptação às condições de estresse salino; entretanto, houve uma redução severa na produção da mamoneira, sobretudo nas plantas sob irrigação com água de composição iônica potássica. A adoção de fração de lixiviação de 0,10 não foi suficiente para evitar a salinização do solo, fato que resultou em aumento na condutividade elétrica do extrato de saturação (CEes) e na porcentagem de sódio trocável, em todos os tratamentos, inclusive na testemunha, observando-se valores mais elevados nos tratamentos em que se utilizou CEa de 4,5 dS m-1.