Projetos e lógicas: análise do Pronaf A no P.A. Mandacaru - Sumé/PB.
Ano de defesa: | 2009 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2369 |
Resumo: | Atuando como projetista na Assistência Técnica, em áreas de reforma agrária, percebi a recorrência de dinâmicas diferentes e concorrentes relacionadas aos projetos de investimento Pronaf A. Observei que na maioria das vezes, os beneficiários modificavam os projetos iniciais, através da incorporação de atividades que não eram previstas ou não financiáveis. Tais modificações dadas ao projeto formal se consolidam a partir das intencionalidades e desenham o jogo entre a institucionalização e a legitimação de tais atividades, como reflexo de visões de projeto muitas vezes discrepantes, seja as lógicas institucionais (Governo, MST). ou de grupo, como o dos assentados. Além desta observação, constatamos a implementação, ou a tentativa de implementação, do projeto de modernização da agricultura, carregado pelo Pronaf A. nos processos racionalizantes contidos na visão macroeconómica governamental que se revela nas análises de renda e capacidade de pagamento dos projetos. Com a nossa experiência enquanto técnico e mediante as inúmeras visitas de campo, bem como em seguida, da pesquisa para esse estudo, observamos a total falência dos projetos financiados no assentamento. Esta consequência parece ser recorrente na maioria das áreas de assentamento, principalmente do semiárido. Supomos que alguns aspectos são quase determinantes, porque influenciam fortemente os resultados negativos do Pronaf A. São eles: a) A presença instável e fragilizada da ATES, que, do contrário, garantiria a estabilização do acompanhamento aos investimentos; b) A não disponibilidade de aptidão da maioria dos beneficiários, ou mais precisamente, de um habitus diferente do empreendedor desejado pelo governo que os aproximaria mais dos índices macroeconômicos das planilhas e; c) A resistência velada ou não. inconsciente ou não, às recomendações técnicas, como desconfiança prática, que apesar de ser moderno, constitui-se como elemento de resistência à totalidade da modernidade e uma característica tipicamente camponesa. |