Caleidoscópicas subversões e resistências lesbianas em Campina Grande-PB.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1257 |
Resumo: | Este estudo tem como principal objetivo a investigação da complexidade dos códigos de identificação compartilhados a partir de sociabilidades estabelecidas por mulheres lésbicas em um bar de Campina Grande, interior da Paraíba. O estabelecimento em questão, chamado Cantinho JJ, é hoje o único bar da cidade de público majoritariamente composto por lésbicas. Sua história é também inspirada por um circuito lesbiano que existiu entre bares em meados da década de 1970 e 1990 no município, brevemente apresentado neste escrito. As problematizações e conceitos que ensejam nossas reflexões acerca das questões relativas às limitações das categorias identitárias, experiências e sexualidades de nossas interlocutoras partem das noções construídas discursivamente concernentes à produção de verdades sobre o sexo e da determinação da heteronormatividade como regime político, que excede o âmbito das relações sexuais e de gênero. Buscamos apreender em que medida as interlocutoras desse trabalho subjetivam, subvertem e reiteram os ditames da heteronorma. Para tanto, nos ancoramos em provocações de, dentre outros autores, Michel Foucault e Judith Butler. A fim de refletir sobre os espaços abordados e observados no trabalho de campo recorremos aos conceitos de pedaço, trajeto e circuito, cunhados pelo antropólogo José G. C. Magnani. Os dados foram obtidos a partir das interações proporcionadas por observações participantes no Cantinho JJ, registradas em diário de campo, bem como por meio de entrevistas, que, entre outras coisas, apontam, simultaneamente, diversas aproximações e distanciamentos com elocuções teóricas e ativistas, sobretudo no que diz respeito às concepções de identidade e visibilidade. A partir da pesquisa e análise realizadas inferimos que a maneira como o grupo estudado lida com a sexualidade e a visibilidade, diverge, em termos reivindicatórios, dos discursos de alguns lesbofeminismos. Além disso, percebemos as subversões pelas interlocutoras engendradas dentro de contextos inevitavelmente contraditórios, de modo que transgridem os constructos da heterossexualidade e reiteram ditames da heteronormatividade, muitas vezes, em um mesmo movimento. |