Babesiose encefálica e hepatozoonose em cães do Sertão Paraibano.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25629 |
Resumo: | Esta dissertação, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Campina Grande, está dividida em dois capítulos, sendo cada capítulo representado por um artigo científico. O primeiro artigo, submetido à revista Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, descreve os principais aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de casos de babesiose cerebral em cães diagnosticados no Laboratório de Patologia Animal durante o período de janeiro de 2003 a dezembro de 2017. Durante esse estudo, 7 animais foram diagnosticados com babesiose cerebral. Dos cães acometidos quatro eram machos e três fêmeas. As idades variaram de 2 a 5 meses, sendo 5 sem raça definida (SRD) e 2 da raça Poodle. A maioria dos cães apresentou curso clínico hiperagudo, ocorrendo a morte em 24 horas desde o início dos primeiros sinais clínicos. A maioria dos sinais clínicos não foram totalmente específicos para uma doença neurológica em virtude do curso clínico hiperagudo, que inviabilizou uma melhor exploração clínica durante o atendimento. Os achados macroscópicos mais consistentes observados durante a necropsia foram o fígado difusamente alaranjado (5/7) e esplenomegalia (4/7). As alterações mais consistentes na babesiose cerebral canina foram hipertrofia das células endoteliais (7/7), leucocitoestase (6/7), meningite não supurativa (5/7). Com menor frequência observou-se congestão (3/7), trombose (3/7), hemorragia (2/7), vasculite (2/7), e manguitos perivasculares (1/7). Conclui-se que a babesiose cerebral é uma doença fatal e de caráter hiperagudo, sendo considerada como uma importante causa de morte em filhotes. O segundo artigo, submetido também à revista Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, descreve 10 animais apresentavam infecção por Hepatozoon canis. A faixa etária variou de 45 dias a 9 anos com metade dos animais tendo menos de 1 ano. Dos 10 cães, 6 eram machos e 4 eram fêmeas. Os aspectos clínicos foram inespecíficos e variáveis, devido a ocorrência concomitante de outras doenças. Histopatologicamente, as estruturas reprodutivas do agente observadas com maior frequência foram os merontes em diversos graus de amadurecimento, sendo caracterizados por estruturas arredondadas, em seu interior exibindo conteúdo de aspecto espumoso, contendo acentuada quantidade de micromerozoítos. O caso 1 foi o único com evidenciação de lesões histopatológicas causadas pela infestação do parasito nos tecidos. Na necropsia, fígado estava difusamente amarelado, com discreta evidenciação do padrão lobular. Observou-se também esplenomegalia acentuada e hiperplasia de polpa branca. Os pulmões exibiam áreas multifocais a coalescentes arredondadas, avermelhadas, distribuídas de forma aleatória nos lobos craniais e se coalescendo com intensidade nos lobos diafragmáticos. Na avaliação da medula óssea, ela se apresentava difusamente amarelada. |