Características físico-químicas de méis de abelha (Apis mellifera L.) em diferentes condições de armazenamento.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: MELO, Zilmar Fernandes Nóbrega.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/901
Resumo: Estudou-se o armazenamento de méis de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) coletados no brejo e cariri do estado da Paraíba. Utilizou-se, quanto à florada, dois tipos de mel de abelha (mel de florada silvestre e mel de florada de baraúna), armazenados sob 3 diferentes condições de embalagens (El - recipiente de polietileno opaco e exposto à luz e temperatura ambiente; E2 - recipiente de polietileno exposto à temperatura ambiente e ao abrigo da luz; E3 - recipiente em vidro translúcido exposto à temperatura e luz ambiente), ao longo de 180 dias, tendo sido estes submetidos a análises físico-químicas mensalmente, com a finalidade de observar as possíveis alterações nas características físico-químicas (°Brix, Umidade, Cinzas, Hidroximetilfurfural-HMF, Açúcares redutores, Sacarose aparente, Atividade diastásica e pH), objetivando verificar a eficiência destas embalagens no índice de qualidade dos méis. As análises físico-químicas dos méis foram feitas seguindo o recomendado pela Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (Brasil, 2000). Os valores médios encontrados, ao longo do Armazenamento, para o °Brix do mel silvestre ficaram no intervalo de variação de 78,03 a 78,42 °Brix e o da florada de baraúna de 81,31 a 81,63 °Brix e não houve diferença significativa entre as embalagens ao longo do armazenamento. Os níveis de Umidade (%) para os méis silvestres e de baraúna foram 19,48 a 20,48 % e 16,25 a 16,70 %, respectivamente. Os valores Cinzas e de Sólidos Insolúveis não apresentara diferenças significativas no tempo e/ou nas embalagens. Os níveis no índice de HMF ficaram no intervalo de variação de 4,57 a 10,17 mg/kg de mel e 1,08 a 7,12 mg/kg, no mel Silvestre e no mel de baraúna, respectivamente. Pelas análises estatísticas, verificou-se, para os dois méis, diferença significativa a 1% de probabilidade e que as médias diferem entre si. Houve para o HMF, diferença significativa entre as embalagens e a E2 foi a mais eficiente no controle do aumento deste índice nos dois méis estudados. Os valores médios de Açúcares Redutores ficaram entre 74,09 e 76,41 % no mel Sivestre e entre 62,51 e 64,80 % para o mel de baraúna. Os valores de Sacarose Aparente ficaram entre 2,18 a 3,01 % para o mel silvestre e entre 2,40 e 2,89 % no mel de baraúna. Os méis sofreram pequena variação no tempo e as embalagens não influenciaram sobre a sacarose, nos dois méis. A Atividade Diastásica (DN) no mel Sivestre ficou no intervalo de variação de 13,37 a 18,71 DN e 9,14 a 13,25 DN no mel de baraúna. As análises estatísticas para os dois méis foram significativas ao nível de 1% de probabilidade e no teste de Tukey, as médias diferiram entre si, e a embalagem E2, nos dois méis analisados, mostrou-se mais eficiente na desaceleração do índice de Diástase em relação a El e E3. Quanto ao pH, o mel Sivestre foi mais ácido (3,42 a 3,55) do que o mel de baraúna (3,85 a 4,15). Todas as amostras encontram-se dentro dos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Do resultado final, concluiu-se que houve maior eficiência na embalagem E2, que contribuiu para a desaceleração do ritmo no índice de diástase. Observou-se que o índice de acidez livre aumentou ao longo do armazenamento.