Estudo da biodiversidade da comunidade zooplanctônica no rio Bodocongó e sua aplicação como bioindicadoras dos níveis de poluição/eutrofização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: BRITO, Daniela Vasconcelos de Souza.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10048
Resumo: O rio Bodocongó, no estado da Paraíba esta inserido na bacia do Médio rio Paraíba. Esta região como parte do Polígono da Seca, se caracteriza pela irregularidade da distribuição das chuvas e pela sucessão de secas prolongadas. Sua bacia se estende por 981km2, tem suas nascentes no município de Puxinanã (7° 33' S; 35° 57' O) numa altitude de 691m acima do nível do mar e se estende por 78 km no sentido norte - sul desaguando no rio Paraíba no município de Barra de Santana a 310 m acima do nível do mar. Sua importância regional reside no intenso uso que a população ribeirinha faz de suas águas (irrigação irrestrita, fabricação de tijolos, lavagem de roupa e recreação) e por constituir parte do sistema de macro drenagem da cidade de Campina Grande (a segunda maior cidade do estado, com 360.000 hab). Ao longo de todo o seu percurso recebe contribuições pontuais e difusas de esgotos domésticos e de algumas industrias. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a viabilidade do uso de especies zooplanctônicas como indicadoras biológicas do nível de poluição/eutrofização do rio, correlacionar as especies identificadas com as variáveis físicas e químicas e estudar a distribuição espaço-temporal destas especies ao longo do rio. Foram demarcados 7 pontos ao longo do Médio e Baixo rio Bodocongó, os quais foram monitorados, com frequência mensal, no período de dez/99 a nov/00. Os parâmetros físicos e químicos (pH, temperatura, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, DBO5, sólidos suspensos e frações, entre outros), seguiram as recomendações APHA (1995) exceto para o nitrato (Rodier, 1975). A comunidade zooplanctônica foi estudada em amostras coletadas com rede de plâncton (abertura de malha de 50pm) e preservada com formol 4% e saturado com açúcar. Foram calculados os índices de Diversidade de Shannon-Weaver e a Distancia Relativa Euclidiana. Os resultados mostraram que a comunidade zooplanctônica se caracterizou pela predominância de rotíferos seguido pelos copépodos e cladóceros. As especies predominantes de rotíferos foram B. angulares chelonis, B. caudatus, B. calyciflorus e Filinia longiseta, todas elas foram caracterizadas como especies tipicas de ambientes eutróficos. Os menores indices de diversidade foram encontrados nos pontos do Médio rio Bodocongó, considerado hipereutrófico. No período de seca foram observadas as densidades mais elevadas de rotíferos, que alcançaram valores de ate 850 indivíduos/1. As variáveis físicas e químicas caracterizaram o rio como fortemente poluído com características que se aproximaram de esgoto domestico. O rio se insere na Classe 4 do CONAMA (20/86) não sendo apto as atividades que se desenvolvem nas suas margens.