Uso racional de água e fracionamento de nitrogênio via fertirrigação no algodoeiro BRS Rubi.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: ANDRADE, Raimundo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1806
Resumo: Foram estudados os efeitos de 4 lâminas de água (Li = 50%, L2 = 75%, L3 = 100% e L4 = 125% da Necessidade de Irrigação Bruta ) e de 4 formas de fracionamento de adubação nitrogenada via fertirrigação (Fi = 4 aplicações, aos 15, 30, 45 e 60 dias após a germinação; F2 = 3 aplicações, aos 30, 45 e 60 dias; F3 = 2 aplicações, aos 45 e 60 dias; e F4 = 1 aplicação, aos 60 dias após a germinação das sementes) no crescimento e na produção do algodoeiro colorido BRS Rubi em Luvissolo de textura franco arenosa, bem como realização de correlações do crescimento com a radiação solar acumulada e com a amplitude térmica, além de análise econômica da produção. As quatro formas de fracionamento da adubação consistiram na aplicação de uma mesma quantidade de sulfato de amónio via fertirrigação, conforme recomendação da análise de solo. As irrigações foram feitas utilizando-se um sistema de irrigação localizado por gotejamento e os volumes de água aplicados foram calculados com base na evaporação do tanque Classe A. Todas as variáveis de crescimento do algodoeiro foram afetadas de forma significativa pelas lâminas de água aplicadas, enquanto que as formas de fracionamento só influenciaram significativamente na altura de planta, no número de ramos simpodiais e no crescimento dos ramos simpodiais, não exercendo influências significativas no diâmetro do caule, no número de folhas e na área foliar. Apesar do crescimento do algodoeiro ter-se intensificado com o incremento da lâmina de água, verificaram-se reduções nas médias do diâmetro do caule, da área foliar unitária e do crescimento de ramos simpodiais na lâmina L4, em comparação com L3. A produção de algodão aumentou com o incremento da lâmina de água até L3 e foi reduzida em L4 (125% da Necessidade de Irrigação Bruta), em comparação com a lâmina L3 (100% da Necessidade de Irrigação Bruta), nas variáveis de produção estudadas; no entanto, os efeitos das formas de fracionamento só foram significativos no peso de algodão em pluma. Os efeitos de lâminas de água nas características tecnológicas da fibra do algodoeiro colorido BRS Rubi restringiram-se à finura (micronaire) e à maturidade, enquanto que as formas de fracionamento não afetaram significativamente nenhuma característica. A intensidade de radiação solar acumulada proporcionou maior evolução do número de folhas e da área foliar da planta, sobretudo no intervalo de radiação compreendido entre 160 e 200 MJ m"2, enquanto que a amplitude térmica acumulada propiciou maior evolução da altura de planta e da área foliar da planta, com intensidade maior no intervalo entre 700 e 900 °C. A lâmina de água L3 (598,9 mm), correspondente a 100% da necessidade de irrigação bruta, foi a que mais se destacou na irrigação do algodoeiro BRS Rubi, sendo obtidas receitas líquidas significativas na produção do algodão em caroço e em pluma. Vale salientar que a referida lâmina se aproximou das lâminas que maximizaram a produção do algodão em caroço (632 mm) e em pluma (636 mm), bem como das lâminas que propiciaram as maiores economias, que foram de 603 mm e 615 mm, respectivamente. A aplicação da lâmina L3 propiciou receitas positivas a partir do preço de comercialização de R$ 1,10/kg para o algodão em caroço e de R$ 3,00/kg para o algodão em pluma, enquanto que a lâmina L| (50% da Necessidade de Irrigação Bruta) proporcionou receitas negativas para o algodão em caroço, mesmo o produto sendo vendido a um preço máximo de R$ 1,50/kg, e para o algodão em pluma comercializado por um preço inferior a R$ 4,50/kg. Portanto, as maiores receitas líquidas foram obtidas em L3 e as menores em Li, ficando L2 e L4 com receitas líquidas intermediárias. A eficiência do uso da água decresceu com o aumento da lâmina de água. O sucesso econômico da lâmina L3 deveu-se à elevada produtividade, daí a razão da receita líquida ter sido superior às demais lâminas, considerando que os custos de produção foram aproximados para as diferentes lâminas.