Os trabalhadores rurais do setor canavieiro do brejo paraibano.
Ano de defesa: | 1993 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4247 |
Resumo: | Ao longo do desenvolvimento histórico dos países capitalistas é uma constante a preocupação com as condições de vida e reprodução da classe trabalhadora. Neste trabalho, abordamos o conjunto de aspectos que explicitam a evolução recente das condições de vida e de trabalho da fração da classe trabalhadora do setor canavieiro paraibano, mais especificamente dos trabalhadores do setor de campo da cana da microrregião do Brejo. O objetivo básico deste trabalho c explicitar o nível de desgaste operário nos canaviais assim como as condições de reprodução dos trabalhadores e, em geral, da família canavieira. Para tanto, caracteriza-se o trabalho e as condições deste no canavial e nele. as especificidades do trabalho do menor e da mulher. De forma geral, apresenta-se as condições de vida da família canavieira; avalia-se a evolução dos salários e as situações em que acontecem as perdas salariais, assim como a situação da cesta básica e as variações salariais. Por outro lado, aborda-se a questão da crise do setor canavieiro e seu impacto nas condições de trabalho dos canavieiros do Brejo. O estudo destas questões, entre outras, nos permitem explicitar que no mínimo 76% dos trabalhadores da cana ganham menos que um salário mínimo, sendo que uma grande maioria destes ganham menos que 1/2 salário mínimo. lista situação de baixos salários se aprofunda sc considerada as diversas modalidades em que acontecem as perdas salariais, que alcançam níveis altamente significativos. Por sua vez, explicita-se o nível de desgaste dos operários que estão inseridos num mercado de trabalho em crise de oferta de emprego, com uma média de 6,6 meses trabalhados por ano, sem a proteção legal quanto aos equipamentos de trabalho, transporte adequado e a grande maioria sem direitos aos benefícios sociais, não só porque 62% deles não tem carteira de trabalho assinada, senão porque ante a realidade do setor canavieiro, o trabalhador regularmente abdica de seus direitos em troca de sua permanência no emprego, colocando-se numa constante situação de superexploração. Finalmente, as considerações acima mencionadas e sobretudo a análise do custo de variação da ração essencial mínima em sua relação com as especificidades salariais na microrregião, nos faz entender que pelo menos 3/4 das famílias canavieiras se reproduzem bem abaixo do nível da mera sobrevivência física. 1/4 delas logram, com a ajuda dos roçados uma melhor condição de reprodução, apesar disto, também são sérias as limitações quanto as suas condições de vida. |