Enfermidades de pequenos ruminantes e avaliação do manejo de rebanho caprino e ovino na Microrregião do Brejo Paraibano.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25452 |
Resumo: | Objetivou-se neste trabalho apresentar, na forma de revisão de literatura, as principais enfermidades infecciosas e parasitárias diagnosticadas em caprinos e ovinos no semiárido brasileiro, os avanços obtidos no controle destas e acompanhar as práticas de manejo no rebanho caprino e ovino do Campus III da UFPB, Bananeiras –PB, onde nos últimos anos tem ocorrido elevação das taxas de morbidade e mortalidade. As enfermidades abordadas na revisão de literatura foram a dermatite interdigital/pododermatite infecciosa, linfadenite caseosa, mastite, clostridioses, conidiobolomicose, pitiose rinofacial, artrite encefalite caprina, ectima contagioso, eimeriose e parasitoses por nematódeos gastrintestinais. Na análise das enfermidades foi possível identificar fatores epidemiológicos específicos que predispõem os rebanhos a determinados agentes etiológicos. Entretanto, em uma abordagem ampla observa-se que há falhas na adoção, pelos produtores e profissionais, de medidas de controle e profilaxia já conhecidas e difundidas. Existem dificuldades na compreensão da importância dessas medidas para manutenção da sanidade animal e, consequentemente, da viabilidade econômica dos sistemas produtivos da região semiárida do Brasil. No rebanho caprino e ovino do Campus III da UFPB observou-se que os animais têm acesso à alimentação e mineralização de qualidade, porém são necessárias adequações no fornecimento de concentrados de acordo com as categorias e produtividade dos animais e reavaliação da utilização de fósforo na alimentação dos animais com acesso a concentrados. O manejo reprodutivo foi considerado satisfatório, necessitando apenas de maior utilização dos dados de escrituração zootécnica. Os neonatos possuíam boa aquisição de imunidade passiva. O percentual de mortes de caprinos no período neonatal foi de 3,17% (2/63) e 10% (7/70) nos ovinos, havendo mortalidade de cordeiros pelo complexo inanição/hipotermia. Uma maior mortalidade, 22,95% (14/61), associada a broncopneumonias e endo parasitoses, foi identificada entre o final do período neonatal e o desmame nos caprinos. O manejo sanitário foi considerado insatisfatório no que se refere a utilização de vacinas, práticas de casqueamento, separação de animais enfermos, diagnóstico e tratamentos de enfermidades e higienização das instalações. Graves surtos de endo parasitoses foram diagnosticados estando associados ao uso inadequado de substâncias anti-helmínticas, a resistência anti-helmíntica e ausência de adoção de medidas de controle da contaminação ambiental. Ao término do período de acompanhamento o índice geral de mortalidade no rebanho caprino foi de 17,24% (30/174) e nos ovinos 18,98% (34/158). Um percentual expressivo de ovelhas (40,2%) desenvolveu mastite e os agentes isolados apresentaram múltipla resistência aos antimicrobianos. A permanência de animais doentes no rebanho e o desmame precoce de cordeiros foram associados com a ocorrência da doença. Na avaliação da infestação da capineira o número total de larvas recuperadas foi de 732 L3.kg–1 MS. A utilização da água contaminada com o material fecal, provavelmente, é o principal fator associado à contaminação. As correções das falhas identificadas possibilitarão a formação de uma unidade modelo e campo de demonstração para os ovinocaprinocultores da região. |