“O berço dos infantes desamparados”: o Hospital-Escola Fundação Assistencial da Paraíba - FAP (1959).
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28345 |
Resumo: | A década de 1960 se representou enquanto “emblemática” para a “Rainha da Borborema”. Neste decênio comemorou-se o desenvolvimento e a prosperidade da cidade no chamado festejo “Festa do Centenário”. Campina Grande sendo representada, por sua elite, como capital do trabalho, do incentivo à educação e à cultura, de cartografia urbanizada e medicalizada. Medicalização, aliás, que foi demonstrada nos dizeres, desta mesma elite, com a contemplação de uma espacialidade voltada para a saúde dos campinenses, tendo o seu centro como “núcleo hospitalar” de práticas médicas e científicas, de promoção de cura e de bem-estar da sua população. No entanto, faltava a esta cartografia médica, uma peça como a de um “quebra-cabeça”, que tornasse os serviços de saúde da cidade completo: uma instituição médico-hospitalar específica aos cuidados da infância, sobretudo, a pobre e a desvalida. Eis que no dia 02 de maio de 1968, a peça que lhe carecia foi inaugurada: a Fundação Assistencial da Paraíba-FAP, o primeiro Hospital da cidade a atender de forma preferencial os infantes carentes. Instituição que, além disso, tornou-se, historicamente, referência aos cuidados da infância pobre no decorrer das décadas de 1960-1970; e que, por conseguinte, acabou por elaborar novas maneiras de olhar e identificar este sujeito. Deste modo, o presente texto tem a finalidade de problematizar as identidade(s) que o saber médicopediátrico, neste espaço médico-hospitalar, prescreveu aos infantes nas práticas cotidianas de clinicar e de medicar este corpo. Análise que se pautou nas narrativas e nas textualidades, dos anos de 1959-1979, que tiveram como temática a infância pobre/enferma da cidade, e a instituição hospitalar, a saber: textos impressos, revistas, jornais, pronunciamentos, relatórios médicos; iconografias e relatos orais. Documentos/monumentos que buscamos dialogar com teóricos que privilegiam aspectos culturais, especificamente as representações, como modo de ordenar e ver o mundo, tais como: o Roger Chartier, o Stuart Hall e a Sandra Jatahy Pasavento. Incluímos ainda Michel de Certeau, para melhor compreendermos como uma espacialidade médica e hospitalar pode ser construída, fundada e mesmo “inventada”. |