Cidade e imagens: crônicas visuais das ruas de Campina Grande-PB (1900-1950).
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2524 |
Resumo: | O presente trabalho tem por recorte espacial e temporal algumas das Ruas Centrais de Campina Grande na primeira metade do século XX e procura inserir o espaço da Rua nos estudos e análises na cidade moderna. Entendendo o espaço urbano como plural e marcado pela diversidade de pessoas e grupos sociais que cotidianamente transitam e voltam sua atenção para tal ambiente, procuramos apresentar os diferentes olhares e percepções sobre este espaço, que acaba sendo criado, não só arquitetonicamente, mas também simbolicamente. As crônicas visuais que foram possíveis encontrar nas fontes, nos revelaram alguns percursos pela cidade que não só apresentaram o ambiente físico das Ruas com seu desenvolvimento material, mas também os diferentes territórios que foram formados a partir das particularidades dos habitantes, que mais das vezes com seus usos e costumes terminaram por redimensionar o espaço urbano. Como um flâneur que faz sua imersão na urbe, tentamos encontrar os possíveis percursos que os campinenses faziam na primeira a metade do século XX e as sensações diferentes que os moradores tinham em relação à chegada de equipamentos de conforto e do progresso material da cidade. Percebe-se assim que é construído todo um processo de memória coletiva dominante que tinha como objetivo lembrar e perpetuar certos grupos sociais abastados, em detrimento de outros grupos populares, especialmente, os negros. Pelas pesquisas tentamos identificar os "Territórios negros" que foram construídos no cotidiano da cidade de Campina Grande na primeira metade do século XX: clubes carnavalescos, times de futebol, ambientes frequentados, etc. Ao mesmo tempo questionamos como a memória deste território negro mais das vezes foi, deliberadamente ou não, esquecida. De forma indireta os memorialistas nos levaram a perceber que no período pós- scravidão e início do século XX a cidade tinha suas preferências raciais, o que mais das vezes significava esquecer e não perpetuar a memória do passado de escravidão e segregação do negro no espaço urbano. Para a realização deste trabalho, lançamos mão de diferentes fontes, tais como: jornais de época, fotografias, memórias e crônicas, como também toda uma bibliografia que se reportou a análise da cidade moderna e da "cultura" ou "culturas da cidade". |