Supervisão em FAP: caracterização e análise dos efeitos da modelagem dos comportamentos do terapeuta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sartor, Mariana Salvadori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-20122022-113934/
Resumo: Uma variedade de estudos tem sido conduzida a fim de investigar a formação de terapeutas e a supervisão é indicada como o principal contexto em que o terapeuta desenvolve um repertório comportamental complexo para a atuação clínica. Diferentes modelos de supervisão são conduzidos com objetivos semelhantes, mas em especial, o modelo da FAP (Psicoterapia Analítica Funcional) dá ênfase para o desenvolvimento pessoal do terapeuta, tendo foco na modelagem direta dos comportamentos do terapeuta em supervisão. Apesar da FAP enquanto modelo psicoterápico já apresentar evidências de efetividade e clareza sobre o mecanismo de mudança clínica, os estudos sobre ensino de FAP, em especial por meio da supervisão, pouco focaram sobre as mudanças de repertório dos terapeutas dentro do contexto da supervisão. Sendo assim, o Estudo I, por meio de uma revisão integrativa da literatura, buscou caracterizar a prática da supervisão FAP. Foi conduzida uma busca em bases de dados e foram incluídos estudos experimentais, quase-experimentais, teóricos conceituais e relatos de caso referentes a processos de supervisão clínica nos modelos propostos pela FAP. Foi identificada escassez da literatura, sendo a amostra de apenas 11 estudos, e uma descrição variada e diversificada do que compõe o modelo de supervisão estudado. Identificaram-se características bibliográficas e metodológicas, bem como as contribuições dos estudos teóricos sobre a supervisão. O Estudo II buscou avaliar os efeitos da modelagem de comportamentos clinicamente relevantes (TRBs) de estagiários-terapeutas no contexto da supervisão. Para isso, foi conduzido um delineamento de linha de base não concorrente ao longo de dezoito sessões de supervisão em grupo com uma supervisora e três estagiáriosterapeutas em contexto de graduação de Psicologia. Utilizou-se o FASIT para auxiliar a conceituação de caso dos terapeutas, o SFAPRS como instrumento para avaliação das supervisões, e o OQ 45-2 como instrumento de medida de melhora clínica dos clientes. Os resultados apontaram que houve mudança no repertório dos três terapeutas e que elas ocorreram em função das fases experimentais propostas no delineamento, indicando que a consequenciação de respostas efetivas do terapeuta (STRB2) e consequenciações seguidas de evocação (STRB2-EV) foram relevantes para produzir tal mudança. Os dados do OQ45-2 não indicaram melhora para os clientes, e as questões metodológicas e limitações da pesquisa foram discutidas