Modificação da superfície de estruturas de PEEK.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, Flavia Suzany Ferreira dos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14189
Resumo: O polímero poli (éter-éter-cetona) – (PEEK) é conhecido como um biomaterial alternativo para a substituição de materiais metálicos implantáveis. No entanto, para aplicações biomédicas ele é biologicamente inerte, impedindo uma interação entre o implante e os tecidos ósseos adjacentes. Uma das maneiras de superar o caráter inerte do PEEK é a modificação física da sua superfície pelo método de lixiviação de partículas. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo modificar a superfície do PEEK pelo processo de lixiviação de partículas. Foi utilizada a técnica de deposição de uma camada de NaCl sobre o polímero. Esse material foi submetido a uma carga de 6 toneladas seguido de tratamento térmico a 390 °C durante três diferentes tempos. Após o resfriamento, as amostras foram submetidas ao processo de lixiviação de partículas de NaCl e em seguida, caracterizadas por: Espectroscopia na região do infravermelho por transformada de fourier (FTIR), microscopia ótica (MO), distribuição das cavidades, retilineidade, resistência a compressão e citotoxicidade. Nas análises de FTIR foram encontradas vibrações típicas do polímero PEEK. Foi observado também que o aumento excessivo do tempo de exposição ao tratamento térmico provocou uma possível redução da carbonila à hidroxila. No MO foi observado que este aumento no tempo de tratamento térmico conduziu as amostras a uma melhor conformação, como consequência de uma melhor fusão do polímero, porém provocou uma menor efetividade na lixiviação das partículas de NaCl. A amostra com tempo intermediário de tratamento térmico foi a que apresentou maior remoção de NaCl no processo de lixiviação, apresentando cavidades com tamanhos ideais para promover uma regeneração óssea adequada e maior rugosidade na superfície modificada. Sendo esta escolhida para realização do ensaio biológico de citotoxicidade e ensaio mecânico de resistência à compressão. Concluindo-se então que a mesma apresentou viabilidade celular acima do previsto pela norma ISO 10993-5 2009, contudo, foi observado que em relação as propriedades mecânicas, alguns ajustes devem ser realizados no processamento. Pois a modificação da superfície do PEEK, e o método de processamento ocasionaram alterações nas propriedades mecânicas da amostra. A técnica desenvolvida neste estudo demonstrou-se efetiva para a obtenção das amostras de PEEK com superfície modificada com diferentes tempos de tratamento térmico, considerando os aspectos de processamento. Podendo, então concluir que o mecanismo de lixiviação promoveu a modificação da superfície do PEEK.