Influência da variabilidade climática no avanço e recuo dos processos de desertificação no Estado do Rio Grande do Norte.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: SOUZA, Ioneide Alves de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9335
Resumo: 0 presente estudo tem por objetivo verificar a importância da variabilidade climática produzida pelas anomalias de temperatura nos Oceanos Atlântico e Pacifico Tropical, sobre flutuabilidade dos índices de aridez e consequentemente, nos processos de desertificação no Estado do Rio Grande do Norte (RN). Usou-se os totais mensais de precipitação de cinquenta e sete (57) localidades, espacialmente distribuídas no RN, e as temperaturas do ar e insolação media mensal de seis (06) localidades, tendo sido estimadas as temperaturas para os demais municípios que não dispunham de valores observados, mas que tinham de precipitação, para os anos de eventos El Nino, La Nina, Dipolo do AtlânticoASN e DASP. Foram calculados os índices de aridez, para cada um dos eventos e comparados os resultados destes índices. Constatou-se que nos anos de eventos El Nino e Dipolo do Atlântico Sul Negativo (DASN), ha uma diminuição nos índices pluviométricos em todo o Estado, e um aumento nos valores de insolação, temperatura do ar e evapotranspiração, e, consequentemente, um aumento nos índices de aridez, contribuindo para houvesse uma predominância de climas semi-árido e árido em praticamente todo o RN, corroborando na ampliação nas áreas afetadas pela semi-desertificação. Em anos de eventos La Nina e DASP, ocorreu um aumento nas medias de precipitações, e uma diminuição nos valores de insolação, temperatura do ar e evapotranspiração, e, em decorrência disso, uma diminuição nos índices de aridez, de forma que o clima passou a ser sub-úmido e úmido em quase todo o RN, contribuindo para que houvesse uma redução nas áreas afetadas pela semi-desertificação. Essa flutuabilidade inter anual e refletida no grau de aridez, confirmando assim, a existência de avanços ou recuos dos processos de desertificação no RN. A ampliação das áreas áridas foi constatado em anos de El Nino e / ou em anos de DASN e o recuo, em anos de La Nina e / ou em anos de DASP. Alem dessas condições climáticas, os solos predominantes no RN, possuem deficiência de fertilidade natural principalmente, do ponto de vista dos nutrientes minerais ou orgânicos, resultando em um certo grau de vulnerabilidade a desertificação. Desta forma, quase todo o RN se encontra sob condições de suscetibilidade a desertificação.