Modelo regional de estimativa do balanço hídrico aplicado à variabilidade climática do Nordeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: BRITO, José Ivaldo Barbosa de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9617
Resumo: Verificar a influencia dos eventos oceânicos El Nino, La Nina e anomalias da temperatura das águas da superfície do Atlântico Sul (ASN - negativa, ASP - positiva) na variabilidade interanual do balanco hídrico sobre o Nordeste do Brasil, exceto no Maranhão; investigar as possíveis contribuições desta variabilidade nos processos de semi-desertificação de áreas semi-árida no Nordeste e elaborar um modelo regional capaz de estimar a Evapotranspiração de Referenda, utilizada como dado de entrada do balanco hídrico, constituíram-se nos principais objetivos deste trabalho. Utilizou-se, como base metodológica, a equação FAO-Penman-Monteith, a técnica de análise de regressão múltipla, o modelo de Thornthwaite-Mather modificado e a equação simplificada do balanco hídrico na atmosfera. Usaram-se dados de 52 estacoes meteorológicas principais da rede de observacao do INMET, de 434 postos pluviométricos da SUDENE, FUNCEME e INMET, e capacidade de máxima retenção de água disponível pelo solo da EMBRAPA - Solos das 434 localidade que dispõem de dados de precipitação. Os resultados obtidos mostram intensa flutuabilidade do clima do Nordeste, pois se verificaram múltiplos regimes climáticos na parte norte da Região, enquanto na porção central do Semi-árido o clima variou de árido, nos anos de ASN e/ou de El Nino, a sub-úmido seco e sub-úmido úmido, nos anos de ASP e/ou de La Nina. Nos anos de ASN e/ou El Nino, a umidade dos solos no Nordeste e muito baixa, em muitas área e quase nula, o escoamento superficial e praticamente inexistente, a infiltração de água para as camadas mais profundas do solo e nula e a precipitação ocorrida não e suficiente para suprir a evaporação. De maneira geral, as secas dos anos de ASN são, para todo o Nordeste, mais severas que as dos anos de El Nino. Nos anos de ASP e/ou La Nina são observados índices de umidade do solo, em media ao longo de todo ano, da ordem de 30% na parte centro norte do Nordeste, escoamento superficial e infiltração de água para as camadas mais profundas do solo. Conclui-se, então, que o aporte de água para armazenamento nos reservatórios e a alimentação dos lençóis subterrâneo ocorrem basicamente nos anos de ASP e La Nina e que, do ponto de vista do clima, o Nordeste, como um todo, e uma região suscetível aos processos de desertificação; entretanto, a susceptibilidade e mais acentuada na parte centro-norte da Região.