Aspectos sanitários e físico-químicos da autodepuração do rio Bodocongó (Paraíba).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: MAYER, Maria das Graças Ribeiro.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11761
Resumo: A bacia hidrográfica do Rio Bodocongó abrange uma área de 409 km2 e está compreendida na Região Sudeste do Estado da Paraíba (34°45'54" - 38°45'45" de Longitude Oeste e 6°02'12" - 8°19'18"de Latitude Sul) no Nordeste do Brasil. Tem suas nascentes no município de Pocinhos (PB) a 691 m de altitude e possui uma extensão de 75 km, atravessa vários municípios com direção predominante Norte-Sul, desaguando no Rio Paraíba, que é o principal do estado, a uma altitude de 350m. Drena a Região Oeste da cidade de Campina Grande (300.000 habitantes), recebendo em todo o seu percurso esgoto bruto e na Região Sudoeste, conflui com o córrego da Depuradora, que drena a Região Central e Leste da cidade. Logo a jusante, recebe os efluentes da Estação de Tratamento de Esgotos de Campina Grande (0,26 m3/s), vazão esta superior a do rio na época de estiagem (0,11 m3/s). Em toda sua extensão estão estabelecidos um grande numero de pequenos e médios agricultores, desenvolvendo irrigação de diversas culturas tais como hortaliças, leguminosas e capim elefante. Alem da irrigação, suas águas são utilizadas pela população ribeirinha para lavagem de roupa e utensílios domésticos, banho e dessedentação de animais. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivos estudar os aspectos sanitários e físico-químicos da contaminação de suas águas para verificar o estado atual de poluição e avaliar sua capacidade de autodepuração em termos do balanco de oxigênio dissolvido, através do modelo de Streeter e Phelps, no trecho compreendido entre a EXE e sua foz no Rio Paraíba (48 km), nas épocas de estiagem e chuva Foram monitorados seis pontos, com frequência mensal, no período de outubro/96 a outubro/97. Os resultados mostraram boa capacidade de autodepuração do curso d'água com relação as concentrações de oxigênio dissolvido e DBOs, entretanto, o rio não apresentou condições sanitárias adequadas pois, apesar da redução ocorrida ao longo do trecho estudado, a concentração remanescente de CF e alta e não atende as exigências das legislações do CONAMA (20/86) para recreação de contato primário nem da OMS (1989) para irrigação irrestrita (< 1(K)0 UFC / 100 mL). Visto os múltiplos usos deste rio, seria apropriado eliminar as descargas de esgoto bruto e também aumentar a eficiência da ETE-CG, pois o acréscimo de novas cargas poluidoras poderão trazer severas consequências a ecologia deste corpo hídrico, que já e bastante impactado em todo o seu percurso. A simulação da curva de OD no Rio Bodocongó, a partir dos dados obtidos na coleta de 01/02/97, mostrou pouca correlação entre os valores de oxigênio dissolvido encontrados em campo e os fornecidos pelo modelo de Streeter e Phelps no trecho compreendido entre os pontos P3 e P4 e boa correlação nos demais.