Os (des)encantos da água: cultura material e teatralização política em Campina Grande (1930-1960).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: FONTES, Welton Souto.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28361
Resumo: A seguinte pesquisa pretende tornar inteligível um estudo da cultura material em Campina Grande (PB) entre os anos de 1930 e 1960, mais especificamente sobre a água e de como esta benfeitoria estava inserida no enredo do teatro do poder no Estado. Entendemos que, com a construção do sistema de abastecimento de água a partir da barragem de Vaca Brava (Areia – PB), não houve uma banalização da água e que o seu consumo não ocorreu da mesma maneira para os diferentes grupos sociais no período estudado, mas, investigamos como a implantação deste sistema de abastecimento gerou novas sensibilidades e reajustou a relação da coletividade no momento em que os campinenses estiveram envolvidos com os discursos da modernidade. A partir de vários indícios, pretendemos elucidar como esta materialidade também esteve no enredo da teatralização política, ou seja, de como em diferentes culturas políticas a presença ou a falta de água serviu de justificativa para que houvesse a desconstrução/construção de um poder político e como estas medidas de modernização estiveram presentes nas tramas políticas. Para tanto, privilegiamos a imprensa, no sentido de analisarmos as representações elaboradas desde o período da interventoria de Argemiro de Figueiredo até o fim do governo de José Américo, tanto no que diz respeito à situação das águas da cidade, quanto sobre as disputas e interesses políticos envolvidos com estas benfeitorias. Desta forma, foi possível compreender de que modo o governo do Estado empreendeu obras de abastecimento de água na cidade e de como estas foram apropriadas para elaboração simbólica do poder.