Damas da luxúria? Práticas educativas sobre o corpo e a sexualidade feminina na imprensa humorística/pornográfica do Rio de Janeiro (1908-1916).
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/20421 |
Resumo: | Esta dissertação problematiza os discursos educativos sobre o feminino, corpo e a sexualidade da mulher pública e branca na imprensa pornográfica/humorística do Rio de Janeiro entre 1908 e 1916. Em um contexto marcado pelo desejo de se construir uma República forjada por valores como progresso, civilidade e higiene, a sexualidade feminina foi alvo de micropoderes para elaboração de corpos econômica e politicamente uteis à pátria. Naquele momento, se almejava um país imerso no cenário europeu como civilizado, moderno e cada vez mais branco. Metodologicamente esta dissertação se encontra alicerçada na análise de discurso proposta por Michel de Foucault. Enquanto referencial teórico nos apropriamos de Judith Butler para pensar conceitos como gênero e sujeição dos corpos; e conceitos como o de biopoder proposto por Michel de Foucault. Por esse viés teórico-metodológico, serão analisadas as seguintes fontes: jornais O Riso (1911-1912) e O Rio Nu (1908-1916). Por meio de poemas, romances, anedotas, propagandas, ilustrações e fotografias de mulheres nuas, inclusive famosas como a francesa Jane Delyane, os periódicos demonstravam para as mulheres qual era o corpo considerado belo e desejável por meio da ótica do sexo civilizado, higiênico e prazeroso. Assim, se instituiu práticas educativas de assujeitamento do corpo e da sexualidade feminina. É possível observar que discursivamente os diversos mecanismos de poder criam e lugares para os sujeitos, inclusive, para as mulheres. Dessa maneira, se o discurso significa poder, é crucial desnaturalizar e historicizar esses enunciados que aparecem como verdades legítimas, mas que, são construídos culturalmente e historicamente em redes de poder. Posto isto, esta pesquisa está ancorada na História Cultural, por entender que a sexualidade e o corpo também são construções históricas, constituídas por práticas discursivas que criam e institucionalizam lugares para os sujeitos. |