Corpos em movimento: masculinidades e práticas educativas da dança em Campina Grande (1985-2017).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: DIAS, Eulina Souto.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12518
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem por objetivo analisar a pedagogização do corpo masculino, por meio da dança, na cidade de Campina Grande, PB, entre os anos de 1985 e 2017. Partindo desse objetivo, esse texto se organiza em três etapas: incialmente, a historicizar o corpo, a dança e as experiências dançantes do masculino nessa cidade para investigar acerca da reduzida presença masculina no balé clássico e quais os fatores que foram responsáveis por ocasionar uma mudança nesse quadro entre 1985 e 2017; em seguida, são trazidos à tona os discursos que fabricaram a identidade do homem nordestino, para pensar as permanências, hegemonias e como isso chega às danças. Assim, são problematizadas diferentes modalidades de dança e o modelo de masculino que foi construído e associado a elas, para pensar questões vinculadas às discussões de gênero e sexualidade; por fim - ainda pensando os homens e a dança em Campina Grande - é trazido o projeto ―Cultura no Presídio‖ para pensar como ele possibilitou outras experiências de práticas educativas do corpo por meio da dança, nesse caso, com homens que cumpriam pena em um presídio de segurança máxima na cidade de Campina Grande. Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi imprescindível o diálogo com os Estudos Pós-Estruturalistas de Gênero e a Filosofia da Diferença. As categorias: gênero e dança, assim como os conceitos de corpo, disciplina, práticas educativas, masculinidades e artes de si, estão distribuídas por toda essa produção, haja vista que ela historiciza as danças pensando-as de duas maneiras. Primeiro: como práticas educativas que modelaram corpos para atender a interesses - dentro de rituais religiosos, em monarquias absolutistas, em grandes companhias de dança com interesses comerciais. Segundo: como uma prática capaz de produzir sujeitos livres e aptos a atribuírem novos sentidos a própria existência. As fontes analisadas dentro dessa produção são jornais, fotografias, um documentário e relatos orais recolhidos por meio de entrevistas com pessoas que fizeram ou fazem parte do cenário artístico da cidade. Para tanto, foi necessário o recurso metodológico de análise de discurso, a partir de Michel Foucault (2014).