O doce veneno da noite: prostituição e cotidiano em Campina Grande (1930-1950).
Ano de defesa: | 2007 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8456 |
Resumo: | O objetivo central de nosso trabalho e mostrar como os discursos dos letrados de Campina Grande no período entre 1930 e 1950, especialmente juristas e jornalistas, pensaram e instituíram um lugar para as meretrizes e quais as atitudes delas diante dessas falas, que frequentemente eram de exclusão, em suas praticas cotidianas e nas relações com diferentes pessoas e grupos sociais. Para realizar este percurso, analisamos os discursos jurídicos através dos processos criminais que, apoiado nos discursos médicos, tentavam excluir e marginalizar as prostitutas com o objetivo tanto de "sanear" a cidade, no momento em que ela passava por reformas urbanas, dando um "ar mais civilizado e ordenado" sem a presença de "certas" mulheres que, para eles, representava o contrario de tudo isso, e afasta-las da sociedade para que elas não colocassem em cheque a moral e os bons costumes. Ao mesmo tempo percebemos que as meretrizes que viveram naquele período muitas vezes burlavam estas interdições ou mesmo se apropriavam de determinados códigos sociais para poderem escapar das malhas da justiça. Analisando suas praticas cotidianas através dos processos criminais, percebemos que estas mulheres tentavam mostrar que o mundo em que elas viviam não era tao desregrado e degenerado como afirmava os discursos medico, jurídico e jornalistico, pois criavam uma rede de solidariedade e amizade entre si que esposavam valores, muitas vezes, advindos da sociedade burguesa, para construírem ou representarem um mundo ao seu redor que se assemelhasse aos valores cultivados nesta mesma sociedade. |