[pt] ARTICULANDO MIGRAÇÃO E PROSTITUIÇÃO: AS ECONOMIAS MORAIS NOS DISCURSOS PÚBLICOS, NAS PRÁTICAS POLITICAS E NAS EXPERIÊNCIAS SUBJETIVAS DAS BRASILEIRAS TRABALHADORAS DO SEXO NA FRANÇA
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50890&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50890&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50890 |
Resumo: | [pt] A figura da migrante trabalhadora do sexo pode ser interpretada de múltiplas formas de acordo com interesses, visões morais e objetivos políticos dos atores em jogo. Este trabalho analisa as perspectivas de segurança, gênero e resistência promovidas, respectivamente, por atores governamentais, associações e pelas próprias migrantes brasileiras na França. Investiga como as interações sociopolíticas das brasileiras trabalhadoras do sexo cisgêneros e transgêneros configuram, em conjunto, uma economia moral da mobilidade de trabalhadores sexuais. Mais especificamente, esta tese tem como intuito elucidar de que forma o rótulo de vítima vulnerável, por um lado, e os de criminosa, cafetina, clandestina e transgressora, por outro, são produzidos e mobilizados pelos diferentes atores envolvidos na regulação da migração laboral sexual. A análise realizada neste trabalho baseia-se em pesquisa de inspiração etnográfica, descrevendo o campo da prostituição brasileira nas cidades francesas de Paris, Lyon e Toulouse. A partir dessa imersão, a tese demonstra como as articulações existentes entre a categoria de vitima - de tráfico, de exploração laboral sexual, do patriarcado, do capitalismo desigual - e a categoria de criminosa - por cafetinar as amigas, por ser clandestina, por alimentar o mercado negro, por exercer uma atividade imoral - são mobilizadas nesse contexto. Revela uma realidade altamente nuançada e ambivalente, uma vez que as brasileiras prostitutas são muitas vezes, ao mesmo tempo vítimas e autônomas, manipuladas e oportunistas, cafetinas e exploradas. |