Intoxicação experimental por Manihot glaziovii Muel Arg. em caprinos na Paraíba.
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25156 |
Resumo: | Plantas cianogênicas são aquelas que contêm como princípio ativo o ácido cianídrico (HCN). Este se encontra ligado a carboidratos denominados glicosídeos cianogênicos e é liberado após a hidrólise dos mesmos. No Brasil, as principais plantas cianogênicas de interesse econômico são: as do gênero Manihot (Euporbiaceae) que inclui Manihot esculenta (mandioca) e diversas espécies silvestres de Manihot, conhecidas como mandioca brava: Anadenanthera colubrina (sinonímia: Anadenanathera macrocarpa e Piptadenia macrocarpa), árvore pertencente à família Leguminoseae Mimosideae, conhecida popularmente de angico preto; Piptadenia viridiflora, conhecida popularmente como espinheiro e surucucu; Sorghum spp. e Prunus sellowii e P. sphaerocarpa, árvores pertencentes a família Rosaceae, conhecidas popularmente como pessegueiro bravo. A intoxicação por M. esculenta ocorre, geralmente, quando os ruminantes ingerem tubérculos imediatamente após a colheita e a intoxicação por Manihot spp. quando os animais ingerem as plantas, geralmente após a brotação. As intoxicações por Anadenanathera spp. e Prunus spp. ocorrem quando os animais têm acesso a ramas ou árvores cortadas e as intoxicações por Sorgum spp. quando são ingeridas plantas em brotação. Alguns surtos de intoxicação cianídrica pela ingestão de Cynodon dactylon (capim tifton) também têm sido diagnosticados. Como a absorção é rápida, os sintomas de intoxicação cianídrica aparecem logo após ou mesmo durante a ingestão da planta, e caracterizam-se por dispnéia, taquicardia, mucosas cianóticas, sialorréia, tremores musculares intensos, andar cambaleante com quedas, nistágmo, opistótono com conseqüente queda, decúbito lateral, dispnéia cada vez mais acentuada e coma. A morte sobrevém por parada respiratória dentro de 15 minutos a poucas horas, após o aparecimento dos primeiros sinais. O HCN quando ingerida em doses abaixo da letal por longo prazo pode causar lesão no sistema nervoso, tireóide e demais órgãos. O HCN é detoxificado metabolicamente através da enzima rodanase, que o transforma em tiocianato, substância atóxica. Além da detoxificação metabólica existem outras formas de detoxificar o material cianogênico, como a ralação ou trituração do material vegetal; a fenação; o aquecimento; a prensagem, onde os glicosianetos solúveis são arrastadas com a água; o cozimento; a fermentação e a desidratação. O tratamento de animais intoxicados é feito com uma solução aquosa de tiossulfato de sódio a 20% na dosagem de 50 ml por cada 100kg de peso vivo, por via endovenosa, o qual funciona como antídoto. A profilaxia consiste em evitar que animais ingiram plantas cianogênicas em quantidades suficientes para causarem a intoxicação em curto prazo. |