A cidade de Taperoá e o processo de higienização social: Liberdade, um bairro marcado pela segregação e marginalização (1930-1970).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Izabelle Mayara Ramos de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28346
Resumo: Propusemo-nos nesse trabalho analisar o contexto político e social das transformações urbanísticas na cidade de Taperoá- PB nas primeiras décadas do século XX, no intuito de percebermos como tais interferências influenciaram sobremaneira o processo de (des) territorialização de espaços ditos anti-higiênicos no perímetro suburbano denominado bairro Liberdade, atual Alto da Conceição. Neste, foram alocados entre as décadas de 1920 e 1930, espaços considerados pelo discurso burguês como moralmente impróprios e higienicamente sujos, tais como cemitério, meretrício e hospital. Em contrapartida, realizamos um estudo frente às tímidas iniciativas públicas do executivo local e estadual entre as décadas de 1940 a 1970, no que concerne aos melhoramentos urbanos daquela região. Debruçamo-nos ainda em fontes, que nos permitiram perceber indícios do cotidiano dos populares residentes naquela localidade, especialmente as meretrizes e indivíduos que se envolveram em delitos. Nesse sentido, percebemos como as práticas sociais que tais sujeitos históricos desenvolveram ao longo dos anos, permitiram a construção de estereótipos, preconceitos e representações sociais negativas em torno do bairro. Por fim, realizamos um estudo em torno do folguedo Cambindas Novas de Taperoá analisando essa manifestação folclórica centenária sob o prisma da construção identitária de pertencimento étnico e espacial.