Por um ensino com graça: literatura e humor na sala de aula.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2425 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como foco o relato e a reflexão sobre uma experiência de leitura compartilhada, realizada em uma turma do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública no interior de Pernambuco, com os cordéis Proezas de João Grilo, de João Ferreira de Lima e João Martins de Athayde, e As palhaçadas de Pedro Malazarte, de Francisco Sales Areda. Através dos dados desta experiência, buscou-se observar as contribuições que o humor pode trazer para o ensino de literatura e leitura literária. Ao longo das discussões sobre a recepção dos textos, procuramos averiguar também de que forma os alunos compreenderam a construção humorística das histórias e dos personagens dos referidos folhetos. Para discorrer sobre os aspectos gerais do riso e do humor, tomamos como ponto de partida as discussões de alguns teóricos, tais como Bergson (2004), Propp (1992), Travaglia (1990) e Martins (2003). No que diz respeito ao estudo sobre a capacidade do humor de comportar a crítica social, nos apoiamos, sobretudo, nas colocações de Bakhtin (1987) e Frye (1957), acerca da sátira. Os estudos dos referidos autores também corroboraram as análises sobre a constituição dos personagens de cada um dos folhetos, enfocados também a partir das discussões de González (1994;1988) acerca da neopicaresca. A literatura de cordel e suas principais características, importantes para a formação do aluno enquanto leitor, foram elucidadas principalmente a partir das discussões de Pinheiro (2013), Marinho e Pinheiro (2012), Abreu (1999) e Ayala (1997). Por fim, para descrever a experiência em sala de aula, nos apropriamos de questões sobre o ensino de leitura literária, elencadas por alguns documentos oficiais, tais como as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2006) e por alguns estudiosos, como Cosson (2006), Rouxel (2014), Colomer (2007) e Aguiar e Bordini (1988). Os dados da experiência de leitura deram luz a importantes discussões acerca da formação de leitores, uma vez que foi possível evidenciar que a metodologia utilizada nas intervenções levou os estudantes a estabelecerem relações significativas com os folhetos, o que demonstrou a possibilidade de aproximar texto e aluno a partir de um trabalho de leitura literária em sala de aula que leve em consideração as experiências dos sujeitos. A recepção dos textos também corroborou a ideia de que o humor e a literatura de cordel podem se converter em uma alternativa para promover o cultivo de um pensamento crítico e ao mesmo tem podespertar no aluno o gosto pela leitura de literatura na escola. |