O texto dramático e o folheto de cordel: a literatura popular em sala de aula.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7829 |
Resumo: | Nesta pesquisa realizamos e relatamos um experimento de leitura do texto dramático O casamento suspeitoso, de Ariano Suassuna e do folheto Vida e testamento de Cancão de Fogo, em uma turma de terceiro ano do ensino médio de uma escola pública localizada na cidade de Campina Grande – PB. O objetivo do experimento foi geral refletir sobre como se dá a recepção de obras consideradas canônicas e populares, a partir das seguintes problemáticas: Como se dá a recepção do folheto Vida e testamento de Cancão de Fogo e do texto dramatúrgico O casamento suspeitoso no terceiro ano do ensino médio? Os alunos são capazes de observar a relação existente entre as duas obras? A cultura popular, presente nas duas obras, poderá, de algum modo, ser espaço de projeção e reflexão dos leitores?. Os principais instrumentos para coleta de dados foram gravações de áudio de todos os encontros, questionários respondidos pelos alunos e pela professora de Língua Portuguesa responsável pela turma e diário de pesquisa da mediadora. Como referenciais teóricos, utilizamo-nos das reflexões de teóricos como Jauss (1979), Iser (1999), no que se refere à recepção do texto literário; Marinho e Pinheiro (2012), Cosson (2006), Rouxel (2013), Silva (2016), Paulino e Cosson (2009) Costa (2004), no que se refere ao ensino de literatura; Abreu (1999); Ayala (1997), Curran (1886), Diégues Júnior (1986), Ribeiro (1987), no que se refere ao folheto de cordel, Nuñes e Pereira (1999), Magaldi (1985), Santini (2005), Campos (2011), Rosenfeld (1996), Tavares (2007, Bender (1996) no que se refere ao texto dramático, entre outros. Os resultados dessa pesquisa nos indicam que o trabalho com o texto dramático e o folheto de cordel é bastante recompensador, proporcionando aos alunos relacionarem sua realidade com o mundo ficcional. Por meio de ambos os gêneros literários é possível que a diversão se faça presente em sala de aula através do riso e ludicidade que a comédia é capaz de desencadear, sem deixar de lado temas pertinentes a nossa sociedade como corrupção, hipocrisia e o caráter humano, temas atemporais que nos levam a pensar sobre o contexto no qual estamos inseridos. Os resultados nos mostram, ainda, que a metodologia que privilegia o texto literário é capaz de desencadear experiências ricas de aprendizado - uma vez que os alunos são capazes de fazerem inferências que retomam aspectos discutidos por vários estudiosos - e despertar o gosto pela leitura. Através do experimento é possível afirmar que os alunos são autônomos em interpretar o texto e fazer relações com o conhecimento de mundo e suas próprias vivências, ressaltando, portanto, o caráter humanizador da literatura. |