De calça curta e chinela: a poesia de Antônio Francisco na sala de aula.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: MEDEIROS, Hadoock Ezequiel Araújo de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27293
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar cordéis do poeta popular Antonio Francisco a partir do viés social e realizar uma experiência de leitura compartilhada no primeiro ano do ensino médio. Durante a vivência com folhetos do poeta em sala de aula, verificamos como se deu a recepção dos alunos no momento da leitura à luz de duas categorias: a oralidade e a crítica social. Como principais referenciais que nortearam nossa pesquisa, citamos as reflexões teóricas a respeito da Estética da Recepção com Jauss (1994) e Iser (1979). Quanto às orientações teórico-metodológicas para a leitura literária na escola, lançamos mão de Colomer (2007), Pètit (2008), Pinheiro (2007), bem como documentos oficiais por meio das Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006) e os Referenciais Curriculares da Paraíba para o Ensino Médio (2006). No que se refere ao estudo da poesia, nos detivemos nas teorias de Bosi (1977), Eliot (1991), Paes (1996) e Thomson (1977). Tratando-se do viés da crítica social nos amparamos em Candido (1972), Carpeaux (1999) e Gullar (1989). Para refletirmos sobre a cultura popular e a literatura de cordel e seu ensino, nos detivemos aos estudos de Abreu (1999), Ayala (2010, 2011), Burke (2010), Galvão (2001), Marinho e Pinheiro (2012), Matos (2010), Pinheiro (2008a, 2008b, 2011), Ribeiro (1986), Rodrigues (2006), Terra (1980) e Zumthor (2001). No percurso de nossa pesquisa, observamos que os cordéis do poeta, além do tom de crítica social também apresentam um lirismo. No momento da leitura dos folhetos em sala de aula, verificamos que a identificação dos alunos com os folhetos foi constituída a partir da leitura oral expressiva do professor mediador e alunos (gestos, imitações de alguns sons e falas de personagens dos cordéis lidos) e da mobilização de conhecimentos prévios. A experiência com o cordel comprova que o texto literário se torna mais significativo para o aluno/leitor quando é possibilitada a socialização da leitura.