Entre cigarras e formigas: leituras e recepção de Esopo, La Fontaine, Lobato e Manoel Monteiro no ensino fundamental I.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: RANGEL, Sandra de Queiroz.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12305
Resumo: Este trabalho apresenta uma proposta de vivência com a leitura literária no âmbito da sala de aula, tendo como sujeitos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I, através da leitura da clássica fábula A cigarra e a formiga, cuja “origem” é atribuída ao fabulista Esopo, e de versões adaptadas pelos seguintes escritores: La Fontaine (Século XVII), Monteiro Lobato (2010) e Manoel Monteiro (2012). A pesquisa teve como objetivo investigar, por meio da experiência de leitura, a recepção estética das quatro versões, observando aspectos como horizonte de expectativas e repertório de leitura apresentados pelos alunos da turma sobredita, da Escola Municipal Deputado Tertuliano de Brito, do município de São João do Cariri-PB. Assim, este estudo constituiu-se uma pesquisa-ação e em pesquisa bibliográfica. Como referenciais teóricos para embasar nossas reflexões, recorremos as ideias de Cosson (2006), Soares (1999), Colomer (2017), Chiappini (2005), Cademartori (2012), Rouxel (2014), para abordar aspectos relativos à leitura literária na escola; Jauss (1994), Iser (1996), Jouve (2002), Compagnon (2006), Zilberman (2003), Aguiar e Bordini (1988), sobre Estética da Recepção; Coelho (2000), Cascudo (2006), Oliveira (2011), Dezotti (2003) e Santos (2003), sobre conceito e trajetória da fábula no contexto da literatura infantil; Abreu (2004), Ayala (1997) e Ribeiro (1987), para tratar dos aspectos relativos à cultura popular e de Marinho e Pinheiro (2012) na discussão sobre o cordel e sua utilização no cotidiano escolar. Os resultados da pesquisa revelaram que, através da experiência de leitura literária desenvolvida, não apenas na sala de aula, mas em outros espaços da escola, como biblioteca e pátio, conseguimos favorecer um envolvimento lúdico quanto à recepção das quatro versões da fábula objeto desse estudo, sobretudo em relação à segunda parte da narrativa construída por Lobato, em prosa, bem como no que concerne à adaptação em versos, pelas mãos do poeta Manoel Monteiro. Verificamos que as estratégias adotadas, por serem sistematizadas, planejadas, prazerosas e pautadas no diálogo e na leitura compartilhada, permitiram o encontro dos leitores com os textos, fato que nos faz acreditar na possibilidade dos mediadores de leitura, que podem realizar um trabalho efetivo e afetivo com a leitura literária na escola, levando as crianças a desenvolverem autonomia, criatividade, imaginação, reflexão e sobretudo, humanização.