Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Brugge, Úrsula Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/14370
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Resumo: |
Neste trabalho é feita uma análise da obra Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado, buscando responder duas questões principais: 1) como se dão os processos de subjetivação/formação das mulheres dentro do romance Gabriela, Cravo e Canela? 2) Até que ponto as personagens femininas desse romance – especialmente a protagonista – representam resistências aos modos de subjetivação das mulheres na sociedade brasileira descrita na narrativa? Nesse sentido, o primeiro objetivo desta pesquisa é o de descrever os modos de subjetivação/educação das mulheres dentro do referido romance, elucidando, dessa forma, os modos socialmente normatizados de produção do feminino. Por outro lado, também é objetivo desta pesquisa a análise das personagens femininas em suas manifestações de resistência a esses mesmo modos de subjetivação das mulheres outrora descritos. O trabalho se desenvolve a partir de uma perspectiva interdisciplinar, pressupondo a relação entre o romance e o contexto sociocultural que este narra, buscando explicitar as articulações existentes entre o plano romanesco e o plano social. Nessa perspectiva, é utilizado, como embasamento teórico-metodológico, certas formulações advindas do campo da História, da Filosofia e da Educação. O trabalho está dividido em Introdução, quatro capítulos e conclusão: na introdução estão a localização e apresentação da problemática de estudo, uma discussão a respeito do que é literatura e um breve resumo da obra em análise. O primeiro capítulo é dedicado a Malvina, uma personagem que se destaca por seu caráter revolucionário e questionador da ordem estabelecida; o segundo, é dedicado a Sinhazinha, a esposa adultera de um coronel que, por conta desse romance extraconjugal, acaba assassinada pelo marido logo nas primeiras páginas do livro; o terceiro é dedicado a Glória, a qual, ao contrário das duas personagens que protagonizam os dois primeiros capítulos, não se trata de uma mulher de família, mas da amante de um coronel – nesse capítulo há uma discussão a respeito de prostituição; por fim, após ter-se demonstrado todas as características que, de alguma forma, comprovam certas resistências das demais personagens em relação ao sistema, mas que não são suficientemente fortes para fazer delas verdadeiras tangencialidades ao que estava posto às mulheres, fossem elas de família ou prostituídas, tem-se o quarto capítulo dedicado a Gabriela, a mulher que não precisava de perfumes e roupas de seda para ser a mais bela, que não precisava de casamento para amar, que não precisava de luxos para ser feliz. Gabriela, o contrário perfeito dos contrários da obra. |