Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marizete Fonseca da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7573
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Resumo: |
Para tecer esse bordado convidei um grupo de mulheres para nos encontrar como contadoras de histórias e, dentre as muitas expressões possíveis, enfatizar a energia das mulheres através da nossa literatura, tão escassa nos espaços onde se pratica educação e formação de educador@s. Compomos contos, imagens, desenhos, música, poesia, vídeo, fotografia,gestamos nosso feminino. Qual feminino? Um feminino que se quer transgressor, cirandeiro e contador de histórias, visando a superar o silenciamento da literatura feminina na cultura patriarcal dominante em educação. Ciente da tendência ocidental moderna em afirmar a criação artística como essencialmente masculina este trabalho teima em afirmar as mulheres como contadoras de história e busca recuperar essa literatura guardada, contida com finalidade principal de afirmação e resgate da escrita literária feminina na área da educação. Muitos obstáculos e restrições sociais foram erguidos com o apoio do discurso ocidental burguês sobre a ‘natureza feminina’, que por muito tempo bloqueou a produção literária em educação. O lugar da literatura e educação são todos os lugares, não apenas a sala de aula esquadrinhada, ou o pátio dessa invenção colonial chamada escola.Esta tese é contada em histórias das Cirandeiras Lunáticas, como nos codinominamos durante o processo. Buscamos para a realização das cirandas onde se produziram as histórias, o contato com a natureza, a água, o rio, a chuva, o preparo da comida, a festa, a rua,a lua representando nossa ancestralidade.... As histórias contadas aqui tecem fios que ligam os conhecimentos ancestrais com as práticas femininas contemporâneas,enfatizando a complexidade e diversidade das experiências e realizações vivenciadas por mulheres, para além da relação com o masculino. Os resultados vão seguindo em acervo literário, no álbum fotográfico visulunático, e no filme de curta metragem produzidos ou colhidos na passagem das nossas horas cirandeiras. Os encontros cirandeiros vão sendo contados pelo acervo fotográfico que compõe o trabalho. Uma das principais ervas que temperou essa travessura entre ciência e arte literária foi a Sociopoética no ponto em que nos tornamos Cirandeiras Lunáticas, pela permissão que ela nos dá em misturar corpos, fundindo-os, tornando-os flexíveis, escapando da armadura, organismo-organizado-disciplinado-rígido-submisso. Como caminho a ciranda se abriu e a gente cantou, dançou, brincou, pintou e bordou literatura feminina... Mais uma forma de pesquisar. Seis cirandas, seis mulheres(entre as quais estou inclusa),muitas outr@s com quem interagimos nos lugares por onde passamos: na ilha de Cotijuba (PA), na serra de Guaramiranga e em Fortaleza, (no Ceará); na viagem ao Sul do Pará (entre Belém, Marabá, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, até a Serra das Andorinhas), em Salvador e Arembepe, (na Bahia). Lugares escolhidos por nós para rodar as Cirandas Lunáticas. O feminino sociopoeta em nós foi se compondo em cada saia rodada e história contada. Ardido feito pimenta malagueta, segue o cortejo! |