Modelo cognitivo idealizado prototípico de feminista em memes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nery, Lia Simões lattes
Orientador(a): Almeida, Aurelina Ariadne Domingues lattes
Banca de defesa: Sperandio, Natália Elvira lattes, Cavalcanti, Fernanda Carneiro lattes, Almeida, Aurelina Ariadne Domingues lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38484
Resumo: Este estudo tem por objetivo compreender conceptualizações de feministas em memes de internet, investigando os modelos metafóricos e metonímicos que alicerçam essas construções de significado. A pesquisa alicerça-se nos pressupostos teóricos da Linguística Cognitiva (IBARRETXE-ANTUÑANO; VALENZUELA, 2012; SILVA, 1997; LAKOFF; JOHNSON (2002 [1980)]), especificamente, na Semântica Cognitiva Sócio-histórico-cultural (ALMEIDA, 2019; SANTANA, 2019). Fundamenta-se na Teoria da Metáfora e da Metonímia Conceptuais (LAKOFF; JOHNSON, 2002 [1980]) e em alguns dos seus desdobramentos (KÖVECSES 2002; RADDEN; KÖVECSES, 2007; SORIANO, 2012; PAIVA, 2016), na Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados (LAKOFF, 1987) e na Teoria da Metáfora e Metonímia Multimodal (FORCEVILLE, 2008, 2009, 2016). No tocante aos memes de internet, baseia-se em Shifman (2014), Chagas (2020) e Recuero (2006). Concernente à metodologia, realizou-se um estudo qualitativo, exploratório, interdisciplinar e descritivo-interpretativo, considerando-se as bases epistemológicas da Linguística Cognitiva, de cunho empirista e fenomenológico, e apoiou-se na proposta ecológica de Almeida (2018), baseada em uma concepção sistêmica de Ciência, em inter-relação com os princípios da Teoria da Complexidade (MORIN, 2003, 2015) e em particular da Teoria dos Fractais. (CAPRA; LUISI, 2014). O corpus da pesquisa foi constituído por treze memes de internet, que foram coletados da página do Facebook Editora Humanas, escolhida com base nos critérios de influência do conteúdo na internet, quantidade de curtidas, interação com os seguidores e movimentação. Empregou-se, ainda, a Técnica da Saturação Teórica proposta no âmbito da Semântica Cognitiva Sócio-histórico-cultural por Almeida e Santana (2019) e aplicada por Santana (2019) para realizar o recorte do corpus. Em suma, com a pesquisa realizada, depreendeu-se a relevância do modelo metonímico na conceptualização de feministas, em especial, na formação do MCI prototípico dessas mulheres, pois esse mecanismo cognitivo demonstrou ser o principal formador das construções de significado estereotipadas que foram encontradas nos memes analisados. Por sua vez, as metáforas estiveram à margem do processo de conceptualização de feministas, porque, como demonstrou o estudo do corpus, poucas foram depreendidas, e as que foram encontradas diziam respeito a outros assuntos que não o domínio em foco. Por fim, na pesquisa, houve o predomínio de construções de sentido alusivas ao MCI prototípico de feminista, que reduz todas as feministas a um só estereótipo, sem considerar a pluralidade desse grupo.