A EPIDEMIA DE HIV/AIDS NO BRASIL: UM ESTUDO SEMÂNTICO COGNITIVO SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL DA CONCEPTUALIZAÇÃO DA MORTE NO SÉCULO XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Novais, Urandi Rosa lattes
Orientador(a): Almeida, Aurelina Ariadne Domingues de lattes
Banca de defesa: Almeida, Aurelina Ariadne Domingues de lattes, Vanin, Aline Aver lattes, Velozo, Naira de Almeida lattes, Santana, Neila Maria Oliveira lattes, Simões Neto, Natival Almeida lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36899
Resumo: sta tese teve por objetivo estudar as conceptualizações de morte, em um corpus constituído por textos literários e da área de saúde, publicados no contexto da epidemia de HIV/AIDS, no Brasil, investigando como os aspectos cognitivos, sociais, históricos e culturais estão atrelados a esse processo de significação. As ideias e discussões tecidas foram embasadas em pressupostos teóricos da Linguística Cognitiva, mais especificamente, da Semântica Cognitiva Sócio-Histórica-Cultural, sendo as seguintes ilhas teóricas abordadas nesta pesquisa: a Teoria dos Protótipos, a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados, a Teoria da Metáfora Conceptual, a Visão multinível da Metáfora, a Teoria da Metonímia Conceptual; as discussões teóricas foram articuladas aos estudos de Lakoff e Johnson (1980), Lakoff (1987), Johnson (1991), Almeida (2021, 2020, 2019, 2018, 2015), Almeida e Santana (2019), Almeida e Santos (2019), Santana (2019), Lakoff e Turner (1989), Radden e Kövecses (1999), Duque (2020, 2018), Kövecses (2020, 2017, 2010, 2009, 2005), Leal (2020), Silva (2021), Cuenca e Hilferty (1999), Barcelona (2007), Paiva (2011, 2010), Sperandio (2014, 2015, 2020), entre outros. Além disso, estabelecemos diálogos interdisciplinares com estudos da Filosofia (SONTAG, 1989; LUPER, 2010), da História (ARIÈS, 2017/1977), da Antropologia (BECKER, 2020/1973) e da Sociologia (KELLEHEAR, 2013). A pesquisa possui uma abordagem qualitativa de caráter descritivo, explicativo e interpretativo, bibliográfico e documental, fundamentada no paradigma da introspecção. O corpus foi composto por contos e artigos científicos da área médica, publicados entre os anos de 1980 a 2000, constituído a partir da Teoria dos Fractais (MANDELBROT, 1982; PAIVA, 2011, 2010) e da Técnica da Saturação Teórica (FLAQUETTO et al., 2018; FONTAELLA, 2011; SANTANA, 2019). Os resultados foram organizados a partir das metáforas Conceptuais identificadas como, por exemplo, MORTE É ORGANISMO VIVO e MORTE É GUERRA etc.; essas metáforas apresentam, em seus níveis estruturais, Esquemas de Imagem (PARTE/TODO, FORÇA, VERTICALIDADE etc.), Domínios Matrizes (ORGANISMO VIVO, GUERRA etc.), Frames (ROSTO, CONFRONTO, ESTRATÉGIAS DE ATAQUE/DEFESA, ENCONTRO etc.) e Espaços Mentais distintos (REFLEXÃO, CONTATO, DENÚNCIA etc.) que são acionados na elaboração do conteúdo cognitivo e, além disso, identificamos uma estreita relação entre Metáforas e Metonímias Conceptuais, possibilitando o mapeamento de diferentes formas de conceptualização da morte.