Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Jacyara Nô dos
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Orientador(a): |
Siqueira, Domingos Sávio Pimentel
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Banca de defesa: |
Siqueira, Domingos Sávio Pimentel
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Duboc, Ana Paula Martinez
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Espírito Santo, Diogo Oliveira do
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Mota Pereira, Fernanda
,
Landulfo, Cristiane Maria Campelo Lopes de Souza
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38992
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Resumo: |
Dentro do campo científico do Inglês como Língua Franca (ILF), é consenso que as pesquisas desenvolvidas já produziram conhecimento suficiente para informar de maneira consistente práticas de sala de aula de inglês (Sifakis; Tsantila, 2019; Dewey; Panero, 2020; Diniz de Figueiredo, Siqueira, 2021). Nesse sentido, o contexto de formação docente é um lócus privilegiado para explorar possibilidades e desestabilizar crenças estabelecidas na área de ensino de língua inglesa (ELI) (Gimenez; El Kadri; Calvo, 2018). À vista disso, este trabalho de tese teve como objetivo geral investigar os sentidos do ILF na teia de relações que circulam no curso de Letras Português/Inglês da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), no sul da Bahia, rastreando os eventuais limites e potencialidades do ILF encontrados pelos alunos-docentes no exercício de traduzir suas percepções do ILF para futuras práticas de sala de aula. Na fundamentação teórica do trabalho, foram retomadas reflexões de Kumaravadivelu (2003, 2006, 2012, 2016) sobre a colonialidade da língua inglesa (LI) e os processos de marginalização e automarginalização engendrados na colonialidade do ELI. Com vistas a expandir essas reflexões, foram trazidas contribuições dos estudos decoloniais (Castro-Gómez; Duboc; Menezes de Souza, 2021; Menezes de Souza, 2019a, 2019b, 2021; Mignolo, 2010; Mignolo; Wash, 2018) e das Epistemologias do Sul (Sousa Santos (2007, 2018) para as teorizações sobre língua dentro da LA (Makoni; Pennycook, 2007; Pennycook; Makoni, 2020; Menezes de Souza, 2019c; Rajagopalan, 2019, 2020). Com relação à área do ILF, o estudo alicerça-se principalmente na produção acadêmica brasileira mais recente do ILF que tem sido denominada de ELF feito no Brasil (Duboc; 2018a, 2019; Duboc; Siqueira, 2020; Jordão; Marques, 2018; Jordão, 2019a, 2019b, 2023; Rosa; Duboc, 2022). A pesquisa se configurou como etnográfica e contou com a colaboração de cinco professores formadores e doze alunos-docentes. Para geração dos dados foram realizadas observações de aulas de três componentes curriculares: (1) Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I e (2) Metodologia do Ensino de Língua e Literaturas de Língua Inglesa II; e (3) Estágio Supervisionado em Língua Inglesa II. Além das observações de aulas, foram aplicados questionários e realizadas entrevistas semiestruturadas com os participantes. O estudo possibilitou inferir que, no contexto investigado, o contato dos alunos-docentes com os estudos do ILF depende da iniciativa de professores formadores que reconhecem a importância desses estudos para reflexões sobre o papel da LI no cenário mundial bem como para repensar o ensino de inglês como língua estrangeira (ILE) e o modelo do falante nativo orientados para os países do círculo interno. Com base nos dados gerados, também foi possível verificar a presença de conflitos em relação à compreensão do que seja ILF, uma vez que ao mesmo tempo em que o ILF foi visto como um uso da LI, também houve a referência ao ILF como uma variedade específica. Com relação à integração de premissas do ILF para práticas de sala de aula de ILE, os alunos-docentes demonstraram níveis diferentes de percepções do que implicava tal integração, sendo evidente a relação direta da perspectiva do ILF com uma perspectiva intercultural e crítica por parte de alguns dos alunos-docentes. |