Inglês como língua franca na formação inicial de professores: de implicações a aplicações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alves, Polyanna Castro Rocha lattes
Orientador(a): Siqueira, Domingos Sávio Pimentel
Banca de defesa: Siqueira, Domingos Sávio Pimentel, Rajagopalan, Kanavillil, Guerra, Luís Sérgio Pinto, Pereira, Fernanda Mota, Calvo, Luciana Cabrini Simões
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40031
Resumo: A importância do Inglês como Língua Franca (ILF) no panorama sociolinguístico atual traz uma série de implicações pedagógicas que ainda não lograram a repercussão desejada na agenda do Ensino de Língua Inglesa (ELI). Posto que a formação inicial constitui momento e espaço oportunos para que os futuros professores de inglês passem por um processo de reavaliação de suas crenças e convicções sobre o uso, ensino e aprendizagem de Língua Inglesa (LI), o presente trabalho de tese busca investigar, de maneira intervencionista, como a abordagem transformadora para a formação de professores conscientes do ILF impacta a percepção e as ações pedagógicas de alunos-professores do curso de Letras/Língua Inglesa e Literaturas da UNEB/DCH-VI em componentes curriculares de estágio supervisionado. Com o intuito de diminuir a lacuna existente entre as descobertas das pesquisas acadêmicas e as aplicações práticas em sala de aula, o estudo em pauta apresenta-se metodologicamente fundamentado na pesquisa-ação e foi realizado com a participação cooperativa de 15 (quinze) estagiários ao longo do período em que cursaram os componentes Estágio Curricular Supervisionado I e Estágio Curricular Supervisionado II. Os dados foram gerados por meio de variados instrumentos de pesquisa e foram analisados qualitativamente sob múltiplas nuances com vistas a capturar a amplitude possível dentro do espaço/tempo da investigação. Este trabalho, alinhado às teorizações do ILF made in Brazil (Duboc, 2019; Duboc; Siqueira, 2020), fundamentou-se em autores internacionais e nacionais afiliados ao campo de estudos do ILF, a exemplo de Jenkins (2015), Sifakis (2007, 2009, 2017), Bayyurt e Dewey (2020) Cavalheiro; Guerra e Pereira (2021); Siqueira (2020a, 2020b); e Gimenez; El Kadri e Calvo (2018). Por possibilitar a investigação das origens dos processos dominantes que causam opressão e marginalização no ensino de Inglês como Língua Estrangeira (ILE), a literatura relacionada aos estudos e perspectivas decoloniais também foi considerada, com contribuições de autores como Sousa Santos (2007), Castro-Gómez e Grosfoguel (2007), Mignolo (2008, 2011); Walsh; Oliveira e Candau (2018), Kumaravadivelu (2016), Menezes de Souza e Duboc (2021), Mota-Pereira (2022a, 2022b), entre outros de relevância similar. Os resultados evidenciaram que a partir da imersão em um processo de conscientização sobre o ILF, os alunos-professores construíram, gradualmente, uma compreensão mais abrangente e aprofundada do significado desse fenômeno e suas idiossincrasias, das formas de como aplicá-lo em contextos de ensino locais, bem como das vantagens e desafios associados à sua integração em sala de aula. Para mais, os participantes apresentaram sinais de reorientação crítica de suas identidades como futuros professores não-nativos de inglês e se mostraram motivados e dispostos a fazer prosperar o diálogo entre o ILF e o ILE em suas práticas de ensino futuras.