A importância dos territórios afro-brasileiros para a saída da crise ambiental contemporânea.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cordeiro, Paula Regina de Oliveira lattes
Orientador(a): Prost, Catherine lattes
Banca de defesa: Prost, Catherine lattes, Rosa, Thaís Troncon lattes, Figueiredo, Glória Cecília dos Santos lattes, Souza, Lorena Francisco lattes, Zangalli Junior , Paulo César lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40123
Resumo: A crise ambiental experimentada por nossa geração tem raízes fincadas no colonialismo e no racismo, os quais a partir da imposição da cultura Ocidental, separou radicalmente a sociedade da natureza. A cosmovisão que guiou as práticas de extrativismo destrutivo com a natureza é a mesma que subjugou diversos povos ao redor do planeta Terra. Assentada sobre a ganância capitalista, o lucro virou o horizonte máximo a ser perseguido pelos humanos Ocidentais, no entanto, os afro-brasileiros produzem territórios que questionam a cosmovisão e a prática destrutiva, mantendo relações ecológicas nestes territórios, baseadas em cosmopercepções próprias. A presente tese de doutorado visa elucidar as cosmopercepções afro-brasileiras a partir da ancestralidade bantu e de práticas territoriais diaspóricas no Brasil que promovem a convivência com a natureza garantindo a conservação ambiental. A partir da utilização do paradigma da afrocentricidade, as experiências bantu-africanas e afro-brasileiras na Bahia são postas no centro da discussão, proporcionando análises sobre as práticas territoriais e dados sobre a conservação ambiental existentes nestes territórios. A tese demonstra também que os conflitos e a falta de proteção destes territórios contribuem para o avanço da destruição da natureza, tornando os mecanismos de regularização desses territórios urgentes.