Resumo: |
Esta dissertação investiga, do ponto de vista da dramaturgia e historiografia, o repertório da Companhia de Teatro “A Barca”, criada por Martim Gonçalves, quando da criação da Escola de Teatro da então Universidade da Bahia – primeira escola de teatro do Brasil vinculada a uma Universidade. Como instrumento de análise para este repertório foi utilizado o conceito de Teatro da Revolta (1967), criado pelo pesquisador americano Robert Brustein. O presente trabalho prevê a sistematização do repertório em subcategorias de análise: peças de drama messiânico, drama social e drama existencial. Entre 1956 a 1961, Martim Gonçalves encena 27 espetáculos, construindo um repertório eclético e moderno. Um peça em especial, A Ópera dos Três Tostões, de Bertolt Brecht, será melhor analisada, porque acredita-se, por uma série de fatores artístico – político – sociais que este espetáculo é a sumidade do repertório. Esta pesquisa investiga ainda o conceito de moderno, modernismo e modernidade, trazendo o pensamento de vários autores como Coelho (1986), Ianni (1996), Machado (2009), Canclini (2013), na tentativa de compreender como se deu a modernização do teatro soteropolitano, pela ótica do protesto. |
---|