Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Hasmann, Robson Batista dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-16042019-112700/
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Resumo: |
Esta tese investiga a formação do sistema dramatúrgico mexicano no século XX tendo como ponto de partida a relação entre literatura dramática e história. A proposta principal é identificar em que medida as estratégias de ficcionalização de eventos históricos contribuíram para as transformações textuais e cênicas de um período que abarca desde os anos pós-revolucionários até os umbrais da pós-modernidade. O estudo tenta contribuir para a história da dramaturgia mexicana considerando as pesquisas já realizadas por Partida Tayzan (2002a y 2002b), Adame (2004) e Alcántara Mejía (2010). Para isso, seleciona obras de Rodolfo Usigli, Vicente Leñero e Sabina Berman. Do primeiro interessam as concepções sobre teatro (mormente o conceito de anti-história) e a postura nacionalista-crítica assumida em El gesticulador e na chamada trilogia das coroas. Assim, as obras dramáticas são confrontadas com os paratextos produzidos a propósito das encenações ou publicações. De Leñero, aproveita-se a maneira como são reescritos os documentos dos eventos representados, em Pueblo rechazado, Martirio de Morelos e La noche de Hernán Cortés. Finalmente, com Berman verifica-se que a inserção dos fatos históricos e elementos culturais ganha nova roupagem em Águila o sol, La grieta e Entre Villa y una mujer desnuda. O cotejo das estratégias nesses três casos permite constatar, primeiramente, que o apelo à história e à historiografia harmoniza o sistema de modo que a sucessão geracional se vê marcada pela aglutinação de recursos e concepções estéticas. Ao mesmo tempo, a reescrita da história altera-se no que diz respeito ao que pode ser considerado histórico. De Usigli a Berman, o passado enquanto local de revisitação, cede cada vez mais espaço ao presente e àquilo que permanece. Em termos sintéticos, podemos afirmar que a principal mudança temática foi a substituição de uma dramaturgia que buscava no passado as explicações do presente por outra em que os elementos pretéritos são abordados com desconfiança. Já sob a perspectiva estética, procedimentos como a inserção de personagens-narradores (historiadores, cronistas, romancistas etc.), o jogo de mostrar e ocultar, a sobreposição de tempos e espaços e o aproveitamento de documentos históricos sobressaem não como novidades, mas como recursos que dão continuidade às estratégias de gerações anteriores. |