WAKANDA FOREVER: REINVINDICAÇÕES DE AFROFUTUROS EM TORNO DO PANTERA NEGRA CHADWICK BOSEMAN.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Alexandre Souza da lattes
Orientador(a): Gutmann, Juliana Freire lattes
Banca de defesa: Queiroz, Tobias Arruda lattes, Ferreira, Thiago Emanoel lattes, Gutmann, Juliana Freire lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM) 
Departamento: Faculdade de Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37499
Resumo: A dissertação analisa articulações entre performances afrofuturistas, negritudes e cultura pop em torno da “pantera negra” Chadwick Boseman, cujo falecimento em 2020 é aqui encarado como vetor midiático que nos faz ver, nas ambiências digitais, uma rede de reivindicações afrodiaspóricas configuradas e reconfiguradas pelo gesto Wakanda Forever. O vetor midiático é localizado a partir do tweet que confirmou o falecimento do ator norte-americano Chadwick Boseman, postado em 29 de agosto de 2020, na sua própria conta oficial no Twitter. A partir deste tweet, aqui encarado como um disparo midiático, foram mapeadas e analisadas expressões comunicacionais nessa plataforma e no Instagram, totalizando 21 posts, entre vídeos, imagens e depoimentos, através das tags #wakandaforever #chadwickboseman e #panteranegra, que evidenciam diversos corpos negros articulados em torno da saudação ao personagem/ator. O problema desta dissertação se debruça sobre como o filme Pantera Negra (2018), a partir da força de seu protagonista, é reverberado em diversos outros corpos negros protagonistas (seja no mainstream, seja na vida cotidiana) com a morte do ator Chadwick Boseman em 2020. Como esse disparo midiático revela, reitera e ressignifica uma rede de reinvindicações atravessada por narrativas afrofuturistas e experiências de negritudes articuladas a componentes especulativos. Isso nos permite compreender certas mutações culturais, trânsitos, transformações e éticas de possibilidades incorporadas, no âmbito da cultura pop global, pelo gesto Wakanda Forever, compreendido neste trabalho pela perspectiva da performance. A ideia de pop, nesta pesquisa, é compreendida pela perspectiva da nebulosa afetiva (JANOTTI JR.; SOARES, 2015) e as discussões sobre afrofutirismos, diáporas e negritudes se amparam em referências de autores e autoras negras, tais quais Stuart Hall (2013), Paul Gilroy (1993), Marimba Ani (1994), Aza Njeri (2015), Sueli Carneiro (2005), Achille Mbembe (2018), Fábio Kabral (2020), Kênia Freitas (2018), Michael Boyce Gillespie (2016), Molefi K. Asante (2009) e Kabengele Munanga (2012). O aporte teórico-metodológico engloba a noção de audiovisual em rede (GUTMANN, 2021), o conceito de performance enquanto comportamento restaurado (SCHECHNER, 2013) e enquanto incorporação, arquivo e repertório (TAYLOR, 2013) e o mapa das mutações culturais (MARTÍN-BARBERO, 2009).