Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carapiá, Daniela Machado
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Orientador(a): |
Melo, Stella Maria Barrouin |
Banca de defesa: |
Melo, Stella Maria Barrouin,
Ferreira, Ederlan de Souza,
Lima, Alessandra Estrela,
Cavalheiro, Carlos Pasqualin |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
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Departamento: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41153
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Resumo: |
Existe uma tendência a buscar hábitos mais naturais por parte da população e essa tendência inclui as práticas alimentares para com seus animais de estimação; no caso, os alimentos cárneos crus representam a alternativa natural para cães e gatos. O presente estudo propôs avaliar os riscos e benefícios potenciais da ingestão de carne crua como parte da dieta de cães. Foram avaliados 12 cães, sendo seis (6) de canil de reprodução comercial e seis (6) de canil-abrigo, por meio de exame clínico, análises hematológicas, bioquímicas e parasitológicas antes e depois da intervenção dietética por 15 dias com suplementação de 20% da ingesta diária com carne moída in natura. Amostras de carne bovina crua provenientes de diferentes estabelecimentos comerciais da Região Metropolitana de Salvador, Bahia, assim como a carne fornecida aos cães, foram analisadas por meio de microbiologia para investigação de contaminação bacteriana utilizando métodos padronizados para pesquisa de aeróbios mesófilos, coliformes e Salmonella sp. Ao final do curso de consumo de carne crua, os cães estudados apresentaram elevação da contagem de hemácias (p<0,05), volume globular (p<0,05) e hemoglobina (p<0,05), sem evidências de infecção ou doença em parâmetros clínicos, leucograma, bioquímica sérica e testes parasitológicos. A pesquisa e quantificação de microrganismos aeróbicos mesófilos indicou que 75% das amostras de carne avaliadas apresentaram contagem superior a 105UFC, 92% das amostras continham enterobactérias, incluindo E. coli, entretanto todas estavam aptas ao consumo de acordo com a legislação vigente. Nenhuma das amostras continha Salmonella spp. O presente estudo mostrou que a ingestão de carne bovina crua trouxe benefícios evidenciados nos parâmetros hematológicos dos cães, e que as amostras de carne comercializada no mercado de Salvador apresentaram características aceitáveis para o consumo in natura por cães saudáveis. Esses resultados abrem perspectivas para novos estudos sobre aspectos nutricionais e saúde canina associada a alimentação com carne bovina crua. |