Avaliação do metabolismo proteico e aminoacídico de cães com shunt portossistêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ernandes, Mariane Ceschin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-04122018-115325/
Resumo: No desvio portossistêmico, o sangue proveniente do trato gastrintestinal não é direcionado ao fígado para ser metabolizado e sim desviado para a circulação sistêmica. O acúmulo dessas substâncias tóxicas associado às alterações funcionais do órgão pode resultar em encefalopatia hepática. O manejo nutricional é o ponto chave para o sucesso da terapia. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar os efeitos do emprego de um alimento hipoproteico nas concentrações séricas aminoacídicas de cães com desvio portossistêmico. Foram incluídos nove cães com diagnóstico de desvio portossistêmico (Shunt) e nove cães saudáveis (Controle). Os animais foram avaliados no dia um (T0) e após 60 dias (T60) de ingestão de uma dieta hipoproteica comercial. Nos dois momentos foram coletadas amostras de sangue para realização de hemograma, leucograma, bioquímica sérica, determinação dos aminoácidos séricos e amônia. A análise estatística dos resultados referentes aos hemogramas e exames bioquímicos foi baseada em um modelo misto que considerou efeito fixos de grupo, tempo e interação e, para os aminoácidos somente efeitos fixos de grupo (p<0,05). Os animais do grupo controle apresentaram maiores valores de proteína total (p<0,0001), ureia (p<0,0001), creatinina (p=0,0163), albumina (p<0,0001) e colesterol (p=0,0012) quando comparado ao grupo Shunt que apresentou maiores valores de hematócrito (p=0,0213), ALT e FA (p=0,0253 e p=0,0004, respectivamente), amônia em jejum (p=0,0083) e amônia pós-prandial (p=0,0036). Em relação aos aminoácidos séricos, o grupo Shunt apresentou valores maiores quando comparados ao grupo Controle nas concentrações dos aminoácidos fenilalanina (p=0,0054), glutamato (p=0,0066), serina (p=0,0054) e tirosina (p=0,0106), já o aminoácido sérico alanina (p=0,0280), a razão de Fischer (p=0,0093) e a razão da concentração sérica de aminoácidos de cadeia ramificada e tirosina (p=0,0243) foram maiores no grupo Controle. Concluiu-se que o manejo dietético foi eficiente em prevenir a progressão da doença e controlar os sinais clínicos, sem promover aumento nas concentrações séricas dos aminoácidos de cadeia ramificada.