TRADUZINDO MAYA ANGELOU: POESIA E ATIVISMO POLÍTICO NEGRO-FEMINISTA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: França, Hilda Ferreira da Costa
Orientador(a): França, Denise Carrascosa
Banca de defesa: Santos, Alvanita Almeida, Omidire, Félix Ayoh'
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29318
Resumo: A tradução e a análise da poesia e do ativismo político negro-feminista de Maya Angelou vêm a atender as novas demandas de tradução de textos afrodiaspóricos no Brasil, ao buscar respeitar, por exemplo, as marcas culturais e identitárias impressas no trabalho da autora. Nesse sentido, esse trabalho tem a finalidade de, genealogicamente, situar Maya Angelou na história da poesia e do ativismo afro-americano e realizar a tradução de alguns poemas da autora, presentes na obra Just Give me a Cool Drink of Water „Fore I Diiie, seu primeiro livro de poemas publicado em 1971. A princípio, tais objetivos foram organizados levando em consideração os dados sobre o início da poesia afro-americana nos Estados Unidos, em paralelo ao ativismo político dos afro-americanos. Em seguida, houve a problematização acerca da existência da poesia afro-americana, desde o seu surgimento até a chegada dos autores mais recentes, período onde Angelou está inserida. Por fim, foi feita uma discussão sobre o cenário da tradução de textos negros no Brasil e a tradução de cinco poemas de Maya Angelou. Essas três partes do trabalho foram embasadas por teóricos como Jerry W. Ward Jr. (1997), Toni Martin (1976), Jeffrey B. Ferguson (2008), Leda Martins (2003), Louis Gates (1990), Cuti (2002), Denise Carrascosa (2017), Ana Lúcia Souza (2011), Stuart Hall (1996), Gayatri Spivak (2010), Raquel de Souza (2017), Hampaté Bâ (2010) e Lawrence Venuti (2002). Tais autores, de maneira suplementar, têm possibilitado teorizar sobre as questões relativas às temáticas trazidas ao longo do trabalho, de modo a favorecerem a criação de novas ideias e discussões para a tradução literária de textos afrodiaspóricos no Brasil. As perspectivas advindas dessas reflexões ganharam forma, sobretudo, na parte das traduções, a partir da emersão das análises críticas dos poemas traduzidos, ao buscar pôr as culturas afro-brasileira e afro-americana em diálogo, considerando tanto os aspectos estéticos dos poemas, como a sua visualidade e sonoridade, quanto os seus aspectos políticos, históricos e identitários.