Lydia Cabrera e Edison Carneiro, um estudo comparado das representações afrodiaspóricas em Cuba e no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Teixeira, Mariana Pereira da Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24841
Resumo: Esta tese tem por corpus central três livros, Religiões Negras (1991); Negros Bantos (1991) e Cuentos Negros de Cuba (2002), sendo os dois primeiros do etnólogo e folclorista brasileiro Edison Carneiro, e o último, da etnóloga cubana Lydia Cabrera. Além desses, foram criados diálogos com outras obras dos referidos autores tais como Antologia do Negro Brasileiro (2005) de Carneiro, e A Mata (2012) e Iemanjá e Oxum (2012) de Cabrera. Ambos os autores pertenceram a uma geração que buscou analisar e/ou representar a contribuição da cultura negra à identidade nacional/cultural de seus respectivos países, bem como à identidade cultural latino-americana. As três obras vieram à luz durante a década de 1930 e ambos os intelectuais tinham fortes relações com os “donos do assunto” de seus respectivos países, Lydia Cabrera era cunhada de Fernando Ortiz e Edison Carneiro trocou correspondências e teve suas primeiras obras publicadas sob a “chancela” de Arthur Ramos. Além disso, tanto Cabrera quanto Carneiro agiram como cicerones de intelectuais estrangeiros para a pesquisa da temática negra no continente latino-americano, Cabrera publicou seus contos pela primeira vez na França surrealista de 30 e Carneiro recebeu Ruth Landes na Bahia para a pesquisa do livro Cidades das Mulheres. O trabalho de pesquisa aqui desenvolvido buscou através de uma perspectiva comparativa mapear, através das obras de Carneiro e Cabrera, como e que elementos simbólicos da literatura da diáspora africana foram transportados para Cuba e Brasil e fizeram surgir uma cultura nova, “transculturada” ou heterogênea; como os vestígios mágicos negroafricanos que sobreviveram no imaginário de Cuba e do Brasil estão representados por Lydia Cabrera e Edison Carneiro, percebendo as similitudes e divergências; e qual o papel da linguagem no processo de transplantação das culturas africanas trazidas para Cuba e Brasil. Além disso, sempre que possível, foi estabelecido relações entre os elementos registrados por Carneiro e Cabrera e em alguns produtos culturais contemporâneos. Assim, tentou-se perceber como esse imaginário marginalizado foi representado e defendido por esses autores