Dança autobiográfica-multivocalidade do self encenado a partir e além da carne negra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santana, Eduardo Augusto Rosa
Orientador(a): Iannitelli, Leda Maria Muhana Martinez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/7860
Resumo: A dança autobiográfica é concebida enquanto a dança que encena o self. A presente pesquisa formulou um estudo de caso único, com o objetivo de investigar de que modo as proposições cênicas de uma obra de dança autobiográfica é passível de fazer do universo particular do criador, um espaço compartilhável. O caso selecionado foi a obra coreográfica O samba do crioulo doido (2004), de Luiz de Abreu. A coleta e análise dos dados foi composta por observação de vídeo-registro da obra, entrevista nãoestruturada com o criador e análise de documentos da obra e do criador. Os resultados apresentam que: a) o self encenado estrutura-se com múltiplas vozes, operando num potencial diálogo contínuo entre si e o contexto cultural amplo no qual se engendra, b) tal dialogia, confirma uma perspectiva de self enquanto compartilhável, em detrimento de um subjetivismo radical; o que c) favorece ações coletivas de compartilhamento, descartando estratégias de auto-afirmação identitária, comum, sobretudo, em coletivos minoritários; sob esse ponto de vista c) a dança autobiográfica performa a identidade humana, na perspectiva da complexidade, apresentando aspectos universais condicionados ao movimento em direção às singularidades, numa multiplicidade heterogênea, todavia capaz de ser dimensionada enquanto unidade.