DANÇA AUTOBIOGRÁFICA – MULTIVOCALIDADE DO SELF ENCENADO A PARTIR E ALÉM DA CARNE NEGRA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SANTANA, EDUARDO AUGUSTO ROSA lattes
Orientador(a): Iannitelli, Leda Maria Muhana Martinez
Banca de defesa: Iannitelli, Leda Maria Muhana Martinez, Bastos , Ana Cecília de Sousa Bittencourt, Setenta, Jussara Sobreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37010
Resumo: A dança autobiográfica é concebida enquanto a dança que encena o self. A presente pesquisa formulou um estudo de caso único, com o objetivo de investigar de que modo as proposições cênicas de uma obra de dança autobiográfica é passível de fazer do universo particular do criador, um espaço compartilhável. O caso selecionado foi a obra coreográfica O samba do crioulo doido (2004), de Luiz de Abreu. A coleta e análise dos dados foi composta por observação de vídeo-registro da obra, entrevista não estruturada com o criador e análise de documentos da obra e do criador. Os resultados apresentam que: a) o self encenado estrutura-se com múltiplas vozes, operando num potencial diálogo contínuo entre si e o contexto cultural amplo no qual se engendra, b) tal dialogia, confirma uma perspectiva de self enquanto compartilhável, em detrimento de um subjetivismo radical; o que c) favorece ações coletivas de compartilhamento, descartando estratégias de auto-afirmação identitária, comum, sobretudo, em coletivos minoritários; sob esse ponto de vista c) a dança autobiográfica performa a identidade humana, na perspectiva da complexidade, apresentando aspectos universais condicionados ao movimento em direção às singularidades, numa multiplicidade heterogênea, todavia capaz de ser dimensionada enquanto unidade.